"Ontem foi um grande dia. Na passada noite, o Partido Republicano desafiou a história e conseguiu aumentar a sua maioria no Senado, batendo significativamente as expectativas na Câmara dos Representantes nestas eleições intercalares".
O chefe de Estado norte-americano falava numa conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington, realizada um dia depois das eleições intercalares, assim chamadas porque acontecem a meio do mandato presidencial.
Diante de uma sala cheia de jornalistas, Trump elogiou os candidatos republicanos que “alcançaram um sucesso incrível” na noite eleitoral, recordando que nove dos 11 candidatos que apoiou pessoalmente, marcando presença em comícios, venceram na terça-feira.
Donald Trump mostrou-se satisfeito com os resultados e afirmou que conseguiu deter "a 'vaga azul', a vaga democrática de que falavam. A história irá certamente falar do bom trabalho que fizemos, e destas pessoas [do Partido Republicano] que passarão a ser conhecidas".
"Esta eleição marca a maior vitória do Senado para um partido do presidente em termos intercalares. Desde 1962 que não havia uma vitória destas. Só houve quatro eleições intercalares desde 1934, em que o partido do presidente conseguiu sequer um senador. Nós recuperámos muito", referiu.
Donald Trump frisou ainda que "55 é o maior número de senadores republicanos nos últimos 100 anos. Nos últimos 80 anos, o presidente conseguiu apenas um total de oito lugares no Senado. Uma média de um por década. Portanto, se agora conseguirmos dois, três ou quatro, é uma percentagem muito elevada" e relembrou que nas primeiras eleições intercalares no mandato de Barack Obama este perdeu seis lugares no Senado.
O Presidente dos Estados Unidos considera que os órgãos de comunicação social estabeleceram um novo padrão no que respeita ao tratamento do seu Partido ao longo das eleições, salientando que os democratas "tiveram grande apoio da comunicação social" mas que, mesmo assim, o Partido Republicano conseguiu alcançar a maioria no Senado.
"Conseguimos fazê-lo apesar de uma grande desvantagem na angariação de fundos levada a cabo pelos Democratas e por uma cobertura hostil pelos meios de comunicação - estabeleceram um novo recorde, um novo padrão".
Donald Trump destaca que houve "um grande número de comícios de campanha com muitas pessoas a participar", - em 30 dias realizaram-se 30 comícios - realçando que não havia lugar que chegasse para tantas pessoas que queriam marcar presença e que todos os candidatos apoiados por ele obtiveram "enorme sucesso na noite passada".
"Dos onze candidatos com quem fizemos campanha na última semana, nove ganharam a noite passada", aponta.
Donald Trump tinha marcada uma conferência aos jornalistas para falar sobre as eleições intercalares nos Estados Unidos, para as 16h30 (hora portuguesa), tendo a mesma começado com meia hora de atraso. Ao longo de todo o discurso, Trump realçou o trabalho dos membros do Partido Republicano e sublinhou que estes resultados representam "uma vitória".
Na votação de terça-feira, o Partido Democrata norte-americano conquistou o controlo da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), enquanto os republicanos conseguiram manter o domínio do Senado (câmara alta do Congresso).
O Partido Republicano conseguiu preservar o controlo do Senado com vitórias importantes nos Estados de Indiana, Texas e Dakota do Norte.
Na votação de terça-feira estavam em jogo os 435 lugares que compõem a Câmara dos Representante e 35 dos 100 lugares do Senado.
A par disso, foram igualmente escolhidos 36 governadores dos 50 Estados que compõem país.
Os Democratas conseguiram ganhar a corrida para governador no Michigan, Illinois, Kansas e Connecticut, mas falharam, por exemplo, na Florida.
A votação de terça-feira fica marcada também pelo número recorde de candidatas mulheres eleitas para a Câmara dos Representantes, numa altura em que as contagens em alguns distritos ainda não estão fechadas.
Entre elas constam as duas mulheres mais jovens a serem eleitas para a câmara baixa do Congresso na história dos Estados Unidos, Alexandria Ocasio-Cortez e Abby Finkenauer, ambas com 29 anos.
[Notícia atualizada às 18:38]
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