A atriz Meryl Streep, distinguida com o Prémio Carreira Cecil B. DeMille nos Globos de Ouro, aproveitou o seu discurso para criticar o presidente-eleito, apelando a Hollywood e à imprensa que tenham um papel ativo na defesa dos mais fracos e na responsabilização de Donald Trump.
Bem ao seu estilo e com a irreverência que o caracteriza, o magnata de 70 anos e presidente-eleito dos EUA respondeu à atriz. Na sua conta do Twitter, escreveu uma sequência de entradas em que considera "Meryl Streep uma das atrizes mais sobrevalorizadas em Hollwyood", e diz que esta o critica sem o conhecer porque é uma apoiante de Hillary Clinton, "que perdeu em grande".
Donald Trump falou ao The New York Times antes de ver as declarações de Streep, no entanto, não se mostrou surpreendido por ter sido atacado pelas "pessoas liberais dos filmes". "Nunca fiz pouco de ninguém", disse Trump. "Estava apenas a pôr em causa um jornalista que ficou nervoso porque alterou a sua história". "As pessoas continuam a insinuar que fiz pouco da incapacidade do jornalista, como se a Meryl Streep e outros conseguissem ler a minha mente", disse na mesma entrevista.
Na cerimónia, a atriz começou por recorrer à ironia para mandar a primeira alfinetada à política de imigração do futuro presidente. "Hollywood está cheia de estrangeiros e se os mandarem todos embora não terão nada para ver exceto futebol e MMA (Mix Martial Arts), que não são as artes”, continuou.
Depois, alternou o tom e relembrou que "a pessoa que estava a pedir para se sentar no lugar mais respeitado do nosso país [Casa Branca] imitou um repórter com uma deficiência”. "Partiu-me o coração e não o consigo tirar da cabeça porque não foi num filme, foi na vida real", acrescentou.
Ainda a através do Twitter, Trump justificou-se pela "centésima vez", disse que nunca "gozou" com um jornalista com com deficiência, tendo-se limitado a mostrar como estava desorientado ao alterar a sua história com o objetivo de o fazer ficar mal. "Mais do mesmo por parte dos media desonestos!", escreveu.
Na mesma entrevista ao Times, Trump mostrou-se confiante sobre as presenças na sua tomada de posse, no próximo dia 20 de janeiro. E tirando Meryl Streep e seus aliados, está a contar que estejam bastantes celebridades presentes.
"Vamos dar uma inacreditável - talvez para bater o recorde - inauguração de tomada de posse. Vão lá estar bastantes estrelas do entretenimento e do cinema", disse Trump. "Todos os vestidos estão esgotados em Washington. É difícil de encontrar um bom vestido para esta inauguração", acrescentou.
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