Os referendos no Donbass serão realizados nas autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu como independentes, pouco antes de enviar tropas para a Ucrânia, em fevereiro.
Uma integração destas regiões pode escalar o conflito na Ucrânia. O país liderado por Volodymyr Zelensky, logo após este anúncio, prometeu "liquidar" a "ameaça" russa.
"A Ucrânia vai resolver a questão russa. Esta ameaça só pode ser liquidada pela força", escreveu no Telegram o chefe da Administração Presidencial ucraniana, Andrii Yermak, denunciando estes referendos como uma "chantagem" de Moscovo, motivada pelo "medo da derrota".
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 208.º dia, 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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