Em setembro, por meio de um relatório, a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, criada por Marta Temido, na altura ministra da Saúde, sugeriu encerrar seis maternidades no país: Póvoa de Varzim, Famalicão, Guarda, Castelo Branco, Barreiro e Vila Franca de Xira. Contudo, sabe-se agora que tal não será assim.
Segundo o Observador, que avança a notícia, "os serviços de urgência em ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde e do Centro Hospitalar Médio Ave [Famalicão] vão continuar em pleno funcionamento". Em causa está uma deliberação enviada pela Direção Executiva do SNS.
José Gaspar Pais, o presidente do conselho de administração do centro hospitalar da Póvoa de Varzim diz que há agora a "sensação de que foi feita justiça" por todos os profissionais de saúde e que o hospital, com os serviços de ginecologia e obstetrícia, "é um lugar especial, há respeito pelo casal grávido".
Para que tudo possa avançar, está a ser terminado o planeamento das obras necessárias no hospital para resolver algumas fragilidades apontadas pela Direção Executiva do SNS.
"O internamento pós-parto é o nosso calcanhar de Aquiles. É obsoleto e necessita de manutenção urgente. Hoje em dia temos muitos quartos sem luz natural, sem casa de banho e com três camas", disse ainda ao Observador.
Quanto às maternidades do Barreiro e Vila Franca de Xira, na região de Lisboa e Vale do Tejo, é avançado que vão permanecer no regime de fecho alternado com outros hospitais da região, estando o encerramento definitivo a ser avaliado.
Também as situações da Guarda e Castelo Branco estão a ser analisadas e espera-se uma decisão em breve, sendo que ambos os hospitais "vão manter atividade ininterrupta em termos de serviço de urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos, em função das condições de qualidade e segurança demonstradas, garantindo proximidade e prontidão da resposta".
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