Reunido em plenário, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o órgão que agrega os 193 Estados do mundo confirmou o que se previa, formalizando a eleição do ex-Alto-Comissário para os Refugiados como novo Secretário-Geral da organização internacional.
O presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson, destacou a “evolução” no processo de eleição”, que ficou mais “transparente”.
A sessão começou com um minuto de silêncio em memória do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, de 88 anos, que morreu hoje depois de uma longa doença, pondo fim a um reinado de sete décadas em que personificou a unidade do país.
Seguiu-se uma declaração do presidente em exercício do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, que elogiou todos os candidatos ao cargo e reiterou o “apoio incondicional” a Guterres.
Ban Ki-moon, que discursou após a aclamação de Guterres, saudou o ex-primeiro-ministro português, assim como o próprio Conselho de Segurança, quer pela escolha do candidato, quer pela transparência do processo.
Guterres "é uma cara familiar de todos nós, mas é talvez mais conhecido onde contou mais, na linha da frente do conflito armado e do sofrimento humanitário", disse Ban Ki-moon, em referência aos 10 anos deste à frente da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O Secretário-Geral cessante salientou a "compaixão" de Guterres, assim como a sua experiência política e conhecimento das Nações Unidas. Guterres "é uma escolha formidável", acrescentou.
Veja aqui o momento do anúncio:
António Guterres fará um discurso diante dos 193 Estados-membros da organização após a votação de confirmação. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, está também na ONU em representação do Governo português.
António Guterres vai assumir a liderança das Nações Unidas por um mandato de cinco anos, de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2021.
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