"Há uma coisa chamada liberdade. Ninguém pode entrar na nossa liberdade e na liberdade de imprensa", afirmou Vitorino Silva, que respondia a perguntas sobre o caso de dois jornalistas de dois órgãos de informação que terão sido vigiados por autoridades públicas.
A revista Sábado noticiou que a procuradora Andrea Marques, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, ordenou à PSP que vigiasse os jornalistas Carlos Rodrigues Lima, da revista, e Henrique Machado, ex-jornalista do Correio da Manhã, atualmente na TVI.
"A partir do momento em que não haja liberdade de imprensa, a nossa liberdade fica muito mais fragilizada. Não concordo e acho que ninguém de bom senso concordará", frisou Vitorino Silva, que respondia aos jornalistas no final de uma ação de campanha em que visitou a Associação Académica de Coimbra.
Questionado sobre como iria realizar a campanha face ao confinamento, o candidato presidencial referiu que vai deixar a sua "sede", que é a rua, e voltar para casa.
"Não quero as mordomias dos políticos. Os políticos não podem estar acima do povo. Se os políticos mandaram o povo para casa, é em casa que vou fazer campanha", salientou, referindo que as portas da sua casa estarão abertas "24 horas por dia" para os jornalistas.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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