“O resultado é uma desilusão. A expectativa era crescermos, por aquilo que tínhamos visto da reação das pessoas nas ruas e até de algumas sondagens recentes. Mas, pronto, o que conta são os resultados, disse o candidato à agência Lusa.
O BE perdeu os dois deputados que tinha conseguido conquistar em 2015 e deixou de ter representação parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, perdendo 2.361 votos em relação às últimas eleições regionais, numas eleições que o PSD venceu hoje com 39,42% dos votos, mas perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta.
Fazendo uma análise aos resultados, Paulino Ascenção lamentou a “bipolarização” (PSD e PS) que fez com que os restantes partidos perdessem representatividade parlamentar.
“Não conseguimos furar essa barreira [bipolarização]. O debate no espaço mediático foi dominado pelo confronto entre o PS e o PSD. Sobrou pouco espaço e não conseguimos apresentar as nossas propostas a pessoas suficientes”, justificou.
Outra das justificações encontrada pelo candidato bloquista para estes resultados foi a “atração pelo voto útil” que, segundo Paulino Ascenção, “desviou votos do BE para o PS.
Sobre o futuro, o cabeça de lista do BE admitiu que o trabalho dos bloquistas na Madeira “fica mais condicionado” e adiantou que os órgãos regionais do partido vão “reunir brevemente” para decidir o que fazer.
O PSD, apesar de ter ganhado as eleições, perdeu pela primeira vez a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados, mais dois do que o PS (19), a segunda força política mais votada.
De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o CDS-PP e o JPP elegeram três deputados cada, enquanto a CDU conquistou apenas um mandato.
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