O Partido Democrático Republicano (PDR), o Iniciativa Liberal (IL), o Reagir-Incluir–Reciclar (RIR), o Aliança, o Partido Unidos dos Reformados e Pensionistas (PURP) e o Chega, fizeram no domingo a sua estreia em eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, ganhas pelo PSD.
Os sociais democratas obtiveram 39,42%, mas perderam, pela primeira vez, a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados.
A segunda força política mais votada foi o PS, que obteve 35,76% e elegeu 19 deputados.
Já o PS obteve 35,76% e elegeu 19 deputados.
O CDS-PP, com 5,76% dos votos e três deputados, foi a terceira força política mais votada, seguido pelo JPP, com 5,47% e também três parlamentares.
A CDU conquista um lugar, depois de alcançar 1,80% dos votos.
Ao contrário daquilo que sucedeu nas legislativas regionais da Madeira de 2015, os pequenos partidos, em que se incluem os estreantes, não conseguiram eleger nenhum deputado.
Em declarações à agência Lusa, os líderes partidários nacionais de três dos seis partidos estreantes neste sufrágio lamentaram a bipolarização dos votos no PSD e no PS, o que fez diminuir a representatividade dos restantes.
“Estas foram umas eleições muito concorridas, em que havia a possibilidade de existir uma transição no poder. Os eleitores preferiram ter uma palavra nesta disputa de poder entre os dois velhos partidos do que dar uma oportunidade a alguns novos partidos”, justificou à Lusa o presidente do IL, Carlos Pinto.
Apesar do IL ter reunido 762 votos (0,53%), o candidato fez um balanço positivo da primeira participação do partido neste ato eleitoral.
“Os resultados revelaram que as pessoas que votaram em nós nas Europeias mantiveram, em boa parte, a sua convicção nas nossas ideias”, apontou, ressalvando, contudo, que a expectativa do partido era que conseguisse eleger, pelo menos, um deputado.
No mesmo sentido, o estreante RIR, cujo líder nacional é Vitorino Silva (conhecido como “Tino de Rans”), manifestou-se satisfeito com o resultado obtido (1,21%), sublinhando que um dos objetivos do partido foi alcançado.
“Fomos a votos para combater a abstenção e fiquei contente porque o RIR ajudou a combatê-la. Também muito contente porque conseguimos ter uma boa implantação na Madeira, onde eu tive os piores resultados nas Presidenciais”, destacou.
Vitorino Silva foi um dos candidatos às últimas eleições Presidenciais, realizadas em 2016, tendo alcançado na Região Autónoma da Madeira 1.044 votos (0,92%).
Outro dos partidos que se estreou nas eleições regionais da Madeira foi o PDR, liderado a nível nacional por Marinho e Pinto, que conseguiu 603 votos (0,42 %), o pior resultado dos estreantes.
“Estava convencido de que o PDR teria melhor resultado, mas mesmo assim, tendo em conta as circunstâncias em que os pequenos partidos se debatem nestas eleições, penso que o resultado não é desanimador, embora não seja um bom resultado”, considerou Marinho e Pinto.
A taxa de abstenção neste ato eleitoral foi de 44,49%.
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