“As informações dos serviços secretos referem possíveis perturbações da ordem pública a 30 de junho e, sobretudo, a 07 de julho”, revelou o ministro do Interior francês numa entrevista à estação televisiva CNews.
Darmanin asseverou que há “muitos agitadores em França” e que o Governo acredita que estas perturbações da ordem pública virão sobretudo do “islamismo radical”, mas não exclui “ameaças” da extrema-direita e da esquerda radical, embora considere que estes grupos são “minoritários”, embora “perigosos”.
“Estamos a preparar-nos para isso”, declarou o ministro, indicando que solicitará uma reunião sobre segurança na quarta-feira, devido às probabilidades de que, além de distúrbios, ocorram também ataques a instituições do Estado.
“Não são os protestos, não é a força, não são os socos que fazem a democracia. São os franceses”, sublinhou o ministro do Interior.
Os franceses votam no próximo domingo na primeira volta das eleições legislativas, convocadas antecipadamente pelo Presidente da República, Emmanuel Macron, após os maus resultados do seu partido nas eleições europeias, ganhas pelo partido de extrema-direita francês União Nacional (RN, na sigla em francês).
Segundo as sondagens, será também essa agora a principal escolha dos cidadãos franceses, a RN, com mais de 35% das intenções de voto, seguida da coligação das esquerdas Nova Frente Popular, com 29%, e, em terceiro lugar, ficará o Renascimento, o partido de Macron, com cerca de 20%.
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