Rui Rocha reuniu-se esta manhã, em Lisboa, com o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, tendo no final sido questionado pelos jornalistas sobre o programa do PS apresentado na véspera.
O presidente da IL considerou que o “cenário macroeconómico do PS está preparado para manter a estagnação económica do país nos próximos quatro anos” porque prevê “um crescimento da economia não superior a 2%”, sendo esta uma mensagem clara para os portugueses.
"Mais do mesmo, incapacidade total de trazer o crescimento económico para os níveis que poderiam permitir que Portugal começasse de facto a avançar na prosperidade”, condenou.
A Iniciativa Liberal, de acordo com o seu líder, “recusa que o país possa ser orientado pela mediocridade socialista”.
“Estamos noutra batalha, a nossa batalha é da transformação do país. O país pode ser muito mais, os portugueses podem ter muito mais e é essa a nossa batalha. Mais do mesmo, não, obrigado”, enfatizou.
Rui Rocha começou por referir-se concretamente sobre duas medidas “absolutamente gravosas e intoleráveis” na área da saúde propostas pelo PS.
“A primeira é a possibilidade dos médicos, no caso de um dia optarem por fazer a sua carreira profissional no estrangeiro, terem que devolver o custo da sua formação e a outra é uma espécie de prisão para os médicos que teriam que ficar no SNS um determinado período de tempo também para compensar a formação que obtiveram”, descreveu.
Para o líder da IL, “não é assim que se resolvem as coisas”, considerando que estas propostas demonstram o “desespero de Pedro Nuno Santos, do PS face à situação de degradação” a que os socialistas conduziram o SNS e as carreiras dos seus profissionais.
Roque da Cunha seguiu a mesma linha crítica a estas medidas do PS para o SNS, considerando que estas “não fazem qualquer sentido”.
“São medidas ilegais, põem em causa a liberdade de circulação, a liberdade laboral daqueles que os nossos impostos pagam, todos eles, estudantes do nosso país, nas mais diversas profissões que nós apostamos para que tenham um curso superior”, defendeu.
De acordo com o sindicalista, “para além de ser discriminatória é profundamente demagógica e populista” e só “pretende colmatar as insuficiências que foram criadas pelo Governo do Partido Socialista durante sete anos”, deixando claro que “a falta de médicos de família não se resolve com isso”.
“Esta história é de, mais uma vez, ceder àquilo que é o estatismo em absoluto. O regime cubano tem desse sistema, o regime soviético tem esse sistema e nós todos conhecemos aquilo que aconteceu em relação a esta matéria. Esperamos, muito sinceramente, que o Partido Socialista em relação a esta matéria altere aquilo que vai fazer”, apelou.
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