A polícia italiana descobriu uma rede de falsificação pan-europeia em larga escala que produz e vende obras de arte falsas atribuídas a alguns dos maiores nomes da arte moderna e contemporânea, incluindo Banksy, Pablo Picasso e Andy Warhol, avança o jornal britânico The Guardian.

Trinta e oito pessoas estão neste momento a ser investigadas em Itália, Espanha, França e Bélgica por suspeita de conspiração com bens roubados, falsificação e venda ilegal de obras de arte, segundo fonte do esquadrão de arte paramilitar Carabinieri e o Ministério Público de Pisa.

A advogada de acusação de Pisa, Teresa Angela Camelio, diz que especialistas do arquivo de Banksy que auxiliaram na investigação consideraram a operação de segunda-feira como “o maior ato de proteção da obra de Banksy”.

O Pest Control, o escritório que representa o artista, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Mas no site referem que a falsificação é comum e pede às pessoas que querem comprar qualquer peça de Banksy que tomem cuidado com “falsificações caras".

Outros artistas falsificados incluem os gigantes da arte dos séculos XIX e XX, como Claude Monet, Vincent Van Gogh, Salvador Dali, Henry Moore, Marc Chagall, Francis Bacon, Paul Klee e Piet Mondrian.

Os investigadores sublinham que apreenderam mais de 2.100 peças falsas, com um valor potencial de mercado de cerca de  200 milhões de euros, segundo o jornal internacional, e descobriram seis oficinas de falsificação, incluindo duas na Toscana, uma em Veneza e as demais em outros lugares da Europa.

Esta investigação começou em 2023, altura em que apreenderam cerca de 200 peças falsas da coleção de um empresário em Pisa, incluindo uma cópia de um desenho do pintor italiano Amedeo Modigliani. Esta apreensão fez com que as autoridades percebessem conexões com um grupo conhecido que se acredita ser especializado em falsificações de Banksy e Warhol.

Os suspeitos não identificados organizaram duas exposições de Banksy com um catálogo publicado em locais de prestígio em Mestre, perto de Veneza, e Cortona, na Toscana, dizem as autoridades.