
Marcelo rebelo de Sousa já tinha manifestado a sua predileção por uma solução governativa rápida, adiantando mesmo a data de 10 de junho como horizonte temporal. Nada impede que assim seja, mas a agenda política continuará intensa nos próximos dias para que tal seja possível.
Para já, não só está confirmado o candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, como foram marcadas as eleições internas para escolher o novo secretário-geral do PS que vão decorrer em 27 e 28 de junho. Cumpriu-se o calendário proposto pelo presidente do partido que foi aprovado na Comissão Nacional com 201 votos a favor e cinco contra.
Também sem surpresas, José Luís Carneiro pôs a tónica na estabilidade, o que simplifica a vida a Marcelo Rebelo de Sousa.
"Nós compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada, e o Partido Socialista, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”, assegurou o candidato à liderança socialista. O até agora único candidato à liderança do PS também definiu o perímetro com o partido mais votado: "naturalmente, compete ao Governo, à AD, maioritariamente votada, dar naturalmente o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar”.
Esta sexta-feira, o Presidente da República tinha adiantado que sobre o futuro Governo teria ainda que voltar a falar com PS, Chega e PSD, e não antes de 28 de maio, data em serão divulgados os resultados dos votos da emigração, fechando assim em definitivo a composição da Assembleia da República.
“Falta uma conversa com a eventual nova liderança do PS. Eu tive a conversa com quem saía. Agora vou ter a conversa com quem pretende entrar. Faz a diferença! Segundo, a conversa com o partido que pode passar a ser o partido líder da oposição, mas só sabe dia 28 à noite. E, finalmente, a conversa com o partido do primeiro-ministro, que naturalmente tem que saber o que é que pensam os outros partidos para saber aquilo com que conta”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Na esquerda, continua o debate por uma conversa alargada. Hoje foi a vez de Mariana Mortágua afirmar que “a esquerda precisa de conversar", sublinhando que "essa necessidade é hoje mais urgente do que nunca”.
No dia em quem membros da oposição interna com assento na Mesa Nacional do BE propuseram a demissão da Comissão Política do partido, proposta que foi “rejeitada por ampla maioria”, segundo a líder do partido, ficou também convocada a XIV Convenção do partido para os dias 29 e 30 de novembro.
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