Na quarta-feira, numa nota interna, a RTP informou os trabalhadores que o programa de saídas voluntárias por mútuo acordo da empresa ainda se mantém.
Contactada pela Lusa, o presidente da RTP, Gonçalo Reis, disse que "nos últimos três anos [entre 2015 e 2017], ao abrigo do programa saíram 100 pessoas", garantido que tal aconteceu sem que se tenha perdido "talento significativo".
"Em três anos lançámos novos canais na TDT [televisão digital terrestre], o arquivo histórico 'online', apoiámos a produção independente nacional e tivemos iniciativas na área digital", o que tem custos, adiantou o gestor.
"Por outro lado, a RTP não tem tido aumento do financiamento e, portanto, a maneira de viabilizar o acréscimo de serviços é com medidas de eficiência", acrescentou Gonçalo Reis.
Entre essas medidas constam a internalização da produção ou a alienação de imóveis desnecessários, por exemplo.
A RTP também tem mantido o programa de saídas voluntárias por mútuo acordo, mas tem assegurado que "não saem competências críticas", disse.
"Queremos uma RTP equilibrada financeiramente, mas não queremos desvitalizada", sublinhou o gestor.
Na nota interna, a que a Lusa teve acesso, a empresa refere que "tem desenvolvido nos últimos anos uma política de saídas voluntárias por mútuo acordo, tendo em vista acomodar as necessidades da empresa às expectativas dos seus trabalhadores", acrescentando tratar-se "de uma política baseada em opções de gestão que tem sido implementada com bastante impacto e acolhida por aqueles que têm reunido as condições adequadas para o efeito".
Nesse sentido, continua a nota, "a RTP mantém em curso essa política ciente de que constitui, em muitos casos, uma opção proveitosa para os trabalhadores".
Assim, "a RTP manifesta a sua total abertura para, no âmbito das condições que têm vindo a ser praticadas, avaliar todas as candidaturas para uma eventual rescisão do contrato de trabalho por mútuo acordo".
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