O último conjunto de sondagens mostra que o magnata republicano, que se apresenta como porta-voz dos americanos empobrecidos e das vítimas da inflação, mantém uma grande hipótese de regressar à Casa Branca, apesar de seus problemas judiciais e do caos que cerca a sua saída da presidência em 2021.
Harris, que conseguiu remobilizar o campo democrata após a sua entrada tardia na campanha como substituta do titular Joe Biden, que desistiu da disputa, também tem grande probabilidade de vencer.
Nacionalmente, Trump, de 78 anos, tem apenas um ponto de vantagem sobre a atual vice-presidente Kamala (48% a 47%), de acordo com uma sondagem do New York Times/Siena College realizada entre 3 e 6 de setembro, uma diferença muito pequena para sugerir uma tendência.
Ainda mais porque nos Estados Unidos a eleição é decidida por sufrágio universal indireto e o seu resultado final depende de um punhado de estados decisivos para definir a maioria do colégio eleitoral que indicará a Casa Branca.
De acordo com a mesma sondagem, Kamala supera ligeiramente Trump no Wisconsin (50% x 47%), Michigan (49% x 47%) e Pensilvânia (49% x 48%) e estão empatados (em 48%) em Nevada, Geórgia, Carolina do Norte e Arizona.
De acordo com outra sondagem da CBS News/YouGov, também realizada entre 3 e 6 de setembro e publicada neste domingo, a situação está particularmente próxima em Michigan (50% a 49% a favor de Kamala), Wisconsin (51% x 49%) e Pensilvânia (50%).
A incerteza é reforçada pela cautela quanto à confiabilidade dos próprios técnicos de sondagens, que em 2016 subestimaram o voto em Trump, que acabou a vencer a candidata democrata e favorita nas sondagens, Hillary Clinton.
A única certeza é que o primeiro debate televisionado entre Trump e Harris, programado para a noite de terça-feira na Filadélfia, considerada o berço da democracia americana, é aguardado com ansiedade no estado-chave da Pensilvânia e será transmitido pela ABC.
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