“Esta é uma prioridade para o Governo de Moçambique, mas também para todo o mundo e para os EUA”, referiu Linda Thomas-Greenfield, ao lado dos participantes em projetos de proteção costeira apoiados pela embaixada norte-americana.

Os EUA “são parceiros do país e destes esforços” em prol do ambiente e face às mudanças climáticas, sublinhou, de pá numa mão e mudas de mangal — arbusto denso que prende as dunas — na outra.

“Às vezes temos de sujar as mãos na areia para um país sobreviver. Estou pronta, vamos ao trabalho”, disse, aproveitando a maré baixa na Costa do Sol.

Moçambique tem sido apontado como um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, fragilidade a que as autoridades locais têm dado eco em fóruns internacionais para se tornarem mais resilientes.

Na parte que lhe toca, Linda Thomas-Greenfield plantou cinco árvores de mangal que promete “verificar regularmente” através da Internet.

Durante a tarde, a diplomata vai encontrar-se com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

A visita dá seguimento à cimeira EUA-África, que em dezembro reuniu em Washington cerca de 50 líderes africanos e em que o Governo de Joe Biden reforçou o seu compromisso de expandir e modernizar as relações com o continente africano.

Fortalecer parcerias com atuais e ex-membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo Moçambique (que acaba de iniciar o seu primeiro mandato como membro não-permanente) é um dos pontos na agenda da diplomata.

Os EUA já se comprometeram a apoiar uma reforma do órgão para que possa ter um maior número de assentos permanentes e não permanentes, inclusive para África.

Em geral, quase todos os países da ONU consideram necessário reformar o Conselho de Segurança, mas não há acordo sobre como fazê-lo, com diferentes propostas na mesa há anos.

O poder de veto tem sido uma das questões mais polémicas e alvo de vários pedidos de modificação, mecanismo que tem sido usado pela Rússia para impedir que o Conselho de Segurança atue contra si face à guerra na Ucrânia.

Num outro plano, Linda Thomas-Greenfield irá concentrar parte dos seus esforços em abordar questões de segurança regional, fortalecimento da segurança alimentar e no apoio à resiliência e recuperação africana face aos efeitos das mudanças climáticas.

Na sexta-feira, reúne-se primeiro com representantes das operações das Nações Unidas em Moçambique, em que há ações humanitárias em curso, e depois com estudantes em programas internacionais.

A diplomata seguirá depois para o Quénia no périplo africano que arrancou no Gana, na quarta-feira.

LFO (MYMM) // VM

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