"Apesar da total paralisação da sua atividade e não havendo, de momento, certezas de quando a mesma possa ser retomada, as empresas associadas da AAMTD têm como objetivo salvaguardar a sua continuidade futura e, consequentemente, garantir igualmente a segurança de todos os postos de trabalho atuais", vincou em comunicado enviado à Lusa.
A associação e as empresas associadas sublinharam não "se reverem na postura assumida por outra entidade australiana de cruzeiros no Douro" - que não faz parte desta associação - de avançar para um processo de despedimento coletivo.
Na quarta-feira, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) denunciou estar "em marcha" um despedimento coletivo na empresa de cruzeiros do Douro Scenic - Luxury Cruises & Tours Australia, representada pela empresa Waratah, Unipessoal, Lda.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Fectrans indica que esta empresa opera no rio Douro com dois navios, o Scenic Azure e o Emerald Radiance, com um total de 160 trabalhadores.
A administração "esquece-se" que mesmo em estado de emergência nacional, tem de respeitar a lei e está a tratar este assunto por sms, telefone ou 'email', pode ler-se no comunicado.
A AAMTD repudiou ainda a utilização de meios "para lá daqueles inscritos na lei para nortear as relações com os colaboradores" do setor, como sejam a utilização de sms.
Sendo o setor do turismo um dos "mais afetados" pela pandemia da covid-19 "é natural" que existam impactos económicos significativos em todas as empresas, referiu.
Contudo, a associação assegurou que as empresas estão focadas no bem-estar e segurança dos seus colaboradores, estando conscientes da sua importância na retoma da atividade que pretendem que seja o "mais brevemente possível".
"A AAMTD e os seus associados mantêm a sua disponibilidade para apoiar o país e a população portuguesa e estão consciente da importância do cumprimento das diretivas da Direção-Geral da Saúde (DGS) para que esta pandemia possa ser atenuada e erradicada o mais breve possível", concluiu.
Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).
Dos infetados, 191 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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