As autoridades encontraram os corpos empilhados uns sobre os outros, nus e com os pés e as mãos atados com fita adesiva, perto da cidade de Chihuahua, ao quilómetro 37 da estrada para Ciudad Juárez, fronteiriça com a cidade norte-americana de El Paso, no Texas.

Os relatórios preliminares indicam que todos os cadáveres são do sexo masculino, com ferimentos produzidos por armas de fogo.

A procuradoria distrital da Zona Centro confirmou que algumas das vítimas tinham as extremidades envoltas em plástico e que uma delas tinha uma mensagem presa com uma faca ao peito, em que se lia “Eles iam para Magdalena, agora vão para qualquer lugar. Chihuahua tem um dono, entendam isso. Bem-vindos!”.

Até agora, nenhuma das vítimas foi identificada, segundo a procuradoria, mas as autoridades esperam que familiares se dirijam ao Ministério Público até ao final do dia.

A Polícia Municipal isolou a área para permitir que os investigadores e os especialistas do Ministério Público recolhessem provas.

Elementos da Guarda Nacional e da Procuradoria-Geral do Estado também acorreram ao local.

O Serviço Médico Legal (Semefo) transferiu os corpos para a morgue da capital de Chihuahua, cidade com o mesmo nome, para posterior identificação.

Após a localização dos cadáveres, as autoridades encontraram, ao quilómetro 85 da estrada, uma carrinha carbonizada, mas ainda não confirmaram se está ou não relacionada com aqueles.

Com esta descoberta, sobe para 24 o número de pessoas encontradas mortas de forma violenta desde o início de abril na cidade mexicana de Chihuahua.

O local onde foram encontrados os corpos situa-se numa rota de elevado fluxo de migrantes, que caminham 444 quilómetros desde a cidade de Chihuahua até Ciudad Juárez para tentarem entrar nos Estados Unidos.

Chihuahua ocupa o quarto lugar em número de homicídios das 32 estados do México, com 495 assassínios dos 7.155 cometidos a nível nacional no primeiro trimestre deste ano, informou na passada terça-feira a Secretaria de Segurança e Proteção ao Cidadão (SSPC).