Na semana passada, as aulas de apoio através da televisão para o ensino básico foram vistas por 8.300 alunos, dos 4 aos 14 anos, em direto na RTP Memória, que registou 3,4% de ‘share’ [quota de mercado] junto desse grupo.
Segundo os dados da GfK disponibilizados à Lusa pela RTP, o regresso às aulas e ao ensino a distância, devido ao agravamento da pandemia de covid-19, fez multiplicar por sete a quota de mercado, entre o 'target' 04-14 anos, que passou de 0,5% na última semana das férias antecipadas para 3,4%.
Apesar desse aumento, o número fica aquém dos registados em pleno terceiro período no ano letivo passado quando, depois do sucesso inicial, as audiências estabilizaram com uma média de cerca de 11% de ‘share’ em maio.
O regresso do ensino a distância também coincidiu com uma maior procura dos conteúdos ‘online’ do #EstudoEmCasa, a versão moderna da Telescola lançada em abril do ano passado pelo Ministério da Educação e pela RTP como uma ferramenta adicional para os alunos que, nessa altura, estavam há um mês com aulas casa.
Na semana passada, o ‘site’ do programa alcançou 1,2 milhões de visualizações, o que representa um crescimento de 77% em relação à semana anterior.
Também aqui se registam números mais tímidos do que no ano letivo passado, mas a diferença não é tão grande: em meados de maio, a página do #EstudoEmCasa tinha registado 1,8 milhões de visualizações.
Ainda assim, esta é a terceira área com mais visitas do ‘site’ RTP, superada apenas pelo RTP Play e a secção de Notícias.
Na semana passada, o #EstudoEmCasa passou a estar também disponível, na televisão, para os alunos do ensino secundário.
Os conteúdos para os mais novos foram uma novidade apresentada pelo ministro da Educação no início do ano letivo, mas até agora só estavam disponíveis ‘online’. A estreia na televisão, no entanto, não foi um sucesso.
De acordo com os dados disponibilizados pela RTP, o novo canal para estes conteúdos conseguiu o melhor resultado entre os 15 e os 24 anos na sexta-feira, com uma quota de mercado de apenas 0,1%.
Na semana passada, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reiterou a importância desta iniciativa, afirmando que, além de úteis para o ensino a distância, as aulas do #EstudoEmCasa vão ficar disponíveis para o futuro.
“O que fizemos foi criar um conjunto de materiais que ficarão como legado que será utilizado em Portugal no próximo ano letivo e nos anos vindouros, e um pouco por todo o mundo”, disse na altura, durante uma visita ao estúdio onde estão a ser gravadas algumas das aulas.
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