Segundo o mais recente inquérito da sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, o PS mantém os 29% na intenção direta de voto, em relação à semana anterior, mas conquistaria 39% dos votos, segundo a estimativa de resultados eleitorais – quando na semana anterior, a sondagem apontava para uma estimativa de 38%, verificando-se por isso a subida de um ponto.

Já o PSD cai de 23% para 21% nas intenções diretas de voto, o que representa uma descida de 32% para 30% na estimativa de resultados eleitorais.

Por sua vez, o Bloco de Esquerda conseguiria 6% dos votos e o Chega subiu nas estimativas de resultados, agora com 6% dos votos, enquanto na semana passada estava nos 5%. Fica assim igualado com o Bloco de Esquerda no terceiro lugar, embora o BE tenha uma intenção direta de voto superior.

CDU desce, com uma estimativa de 5% dos votos, quando, na semana anterior, a previsão era de 6%. O Iniciativa Liberal conseguiria 4%, o que também representa uma descida em relação à semana anterior (5%).

A sondagem aponta que o PAN teria agora o resultado de 3%, uma subida em relação aos 2% verificados na semana anterior. Já o CDS-PP mantém a estimativa, com 2%, e o Livre conseguiria 2%, uma subida de 1% em relação à estimativa anterior.

Com base nos resultados desta sondagem, a Católica apresentou a seguinte estimativa de distribuição de deputados:

  • O PS elegeria entre 104 e 113 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu 108 deputados.
  • O PSD elegeria entre 81 e 89 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu 79 lugares.
  • O Bloco de Esquerda elegeria entre 8 a 12, quando nas anteriores eleições elegeu 19 deputados.
  • O Chega elegeria entre 6 a 12 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu apenas um deputado.
  • A CDU elegeria entre 4 e 10 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu 12 deputados.
  • A Iniciativa Liberal elegeria 3 a 7 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu um deputado.
  • O PAN elegeria entre 2 e 4 deputados, quando nas anteriores eleições elegeu 4 deputados.
  • O CDS-PP tanto poderia ficar sem representação parlamentar como eleger dois deputados, quando nas anteriores eleições elegeu 5 deputados.
  • O Livre conseguiria eleger um deputado, mantendo o resultado de 2019.

As sondagens, no entanto, podem induzir em erro e o exemplo mais recente foi a derrota de Fernando Medina e eleição de Carlos Moedas nas autárquicas.

Uma diminuição da distância entre as intenções de voto no PS e no PSD e o número de indecisos, que segundo as sondagens rondam os 20%, podem contribuir para a imprevisibilidade do resultado.

Questionado pelos jornalistas sobre as sondagens que dão vantagem ao PS, António Costa frisou que o que “conta é mesmo a do dia das eleições”, reconhecendo, contudo, que o estudo coloca os socialistas “mais perto” de uma maioria e que espera “que isso corresponda ao sentimento que as pessoas têm”.

Desafiado pelos jornalistas a fazer um balanço dos debates televisivos com os adversários políticos, Costa disse que esta semana só “reforçou” a sua “determinação e energia” e “a convicção de que é possível ter uma maioria”.

O secretário-geral socialista afirmou ainda que o PS é o partido que “está em condições” de garantir estabilidade governativa durante os próximos quatro anos e apelou ao voto nas eleições legislativas de 30 de janeiro.

Hoje, o cineteatro Capitólio é o palco do mais importante debate das legislativas – o frente a frente entre o secretário-geral do PS, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio –, naquele que será um debate mais alargado, de 75 minutos, transmitido em simultâneo pelas três televisões generalistas.

Na quarta-feira, Rui Rio recusou que o debate seja decisivo para o resultado das eleições, dizendo não se poder olhar para o frente a frente político como um jogo de futebol “Porto-Benfica”.

Rio acusou ainda Costa de só ser claro quanto a um cenário de derrota socialista, ao repetir que se perder as eleições se demite, mas não esclarecer o que fará num cenário de maioria relativa ou de vitória do PSD sem 116 deputados.

Da mesma opinião são alguns politógolos que consideram que os debates eleitorais têm pouca relevância para o ato eleitoral, mas que são de importância acrescida para os pequenos partidos.

José Santana Pereira, professor de Ciência Política no ISCTE, deixou claro que “os debates, independentemente do seu formato, independentemente do seu número, têm pouquíssimo impacto do ponto de vista de decisão de voto”.

Ainda no âmbito das eleições, há uma novidade no processo eleitoral: os membros das mesas de voto e funcionários das Juntas de Freguesia serão vacinados já no próximo dia 15 de janeiro, sábado, com uma dose de reforço à Covid-19.

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