“O Presidente Erdogan sublinhou que o ritmo e o momento do processo de ratificação (…) serão determinados pelas medidas que estes países tenham ainda por adotar”, indicou a Presidência da República turca num comunicado, no final desta reunião à porta fechada, em Istambul.

O chefe de Estado turco, que receberá na próxima terça-feira em Ancara o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, está desde maio a bloquear a entrada da Suécia e da Finlândia na Aliança Atlântica.

A Turquia acusa os dois países nórdicos de protegerem combatentes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que Ancara considera organizações terroristas.

Para levantar as objeções da Turquia, os três países assinaram um memorando de acordo, à margem da cimeira da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) em junho, em Madrid, incidindo especialmente sobre pedidos de extradição exigidos por Ancara.

Stoltenberg “congratulou-se com as medidas significativas e concretas já adotadas pelos dois países para aplicar o memorando e sublinhou que a sua adesão fortalecerá a NATO”, indicou hoje à noite a Aliança Atlântica num comunicado.

O secretário-geral da NATO tinha apelado na quinta-feira para que a Turquia acolhesse a Suécia e a Finlândia na Aliança, para “enviar uma mensagem clara à Rússia”, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Cavusoglu.

Até agora, 28 dos 30 Estados-membros da NATO ratificaram a adesão dos dois países nórdicos, que tem de ser aprovada por unanimidade.

Além da Turquia, só falta a Hungria dar o seu acordo final.