
O julgamento de Erin Patterson, de 50 anos, começou no final de abril no Supremo Tribunal da cidade de Morwell, no estado de Vitória.
A arguida enfrenta acusações de homicídio de três familiares e de tentativa de homicídio de um quarto, tudo relacionado com um almoço servido na sua residência em Leongatha, em julho de 2023. Erin Patterson declarou-se inocente numa primeira fase. A sua equipa de defesa sustenta que a mulher entrou em pânico após servir, inadvertidamente, uma refeição envenenada a pessoas próximas que amava.
Contudo, segundo o The Guardian, a mulher já admitiu que, juntamente com cogumelos comprados no supermercado, também utilizou "cogumelos da morte".
As vítimas foram os seus ex-sogros, Don e Gail Patterson, ambos de 70 anos, e Heather Wilkinson, irmã de Gail, de 66 anos. Todos morreram dias depois do almoço. Ian Wilkinson, pastor local e marido de Heather, foi o único sobrevivente, tendo passado várias semanas hospitalizado em estado crítico.
Segundo o tribunal, não há dúvidas de que o prato — bife Wellington, puré de batata e feijão-verde — continha cogumelos Amanita phalloides, conhecidos pela sua toxicidade extrema.
Na abertura do julgamento, a procuradora Nanette Rogers SC afirmou que o caso parecia inicialmente tratar-se de um surto de intoxicação alimentar, mas que as evidências apontam para uma ação premeditada.
Segundo a acusação, a arguida terá convidado os familiares para almoçar sob o falso pretexto de estar doente com cancro — facto que entretanto também já assumiu como sendo mentira.
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