Os CTT - Correios de Portugal estão a pedir a devolução da insígnia de antigo combatente das Forças Armadas Portuguesas enviada em duplicado, por engano, a 10.000 pessoas.
Em causa esteve um "erro de etiquetagem" dos CTT, contratados pela Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional (SGMDN) em 2021 "para efetuarem os serviços de envelopagem, preparação do envio e expedição, via serviço postal, de insígnias do antigo combatente", confirmaram ao SAPO24 a empresa e o ministério.
A insígnia, "símbolo identitário" da condição de antigo combatente, criado pelo estatuto aprovado em 2020, foi enviada por correio entre o final do ano passado e o início deste ano, juntamente com uma carta assinada pela secretária de Estado dos Recursos Humanos e Ex-Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, e "representa também o agradecimento e reconhecimento da nação" pelo "sacrifício pessoal e familiar nos teatros em que serviu e combateu" cada um destes homens e mulheres.
O lapso "no processo interno de produção/distribuição" das primeiras 10.000 cartas foi detetado e assumido pelos CTT que, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional, "manifestaram formalmente" a sua disposição para o acionar "os mecanismos de compensação dos custos financeiros apurados, designadamente através do contrato em vigor".
Os CTT - Correios de Portugal, "em articulação com a SGMDN", enviaram uma carta a cada um dos 10.000 antigos combatentes a lamentar o erro e a solicitar a devolução da insígnia e da carta recebida em duplicado, processo que se encontra em curso.
Até ao momento, de acordo com o Ministério da Defesa, "foram devolvidas ao ponto de envelopagem dos CTT cerca de 4.000 insígnias". De acordo com as instruções dos Correios de Portugal, a insígnia e a carta recebidas em duplicado podem ser devolvidas à SGMDN ou entregues em qualquer loja ou posto da rede CTT.
Existem em Portugal cerca de 330 mil antigos combatentes das Forças Armadas Portuguesas.
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