O encontro, que vai abordar formas de combater a na área da saúde, nomeadamente as relacionadas com álcool, nutrição, tabaco e outras substâncias tóxicas, vai ser o prdesinformação imeiro de um conjunto de três, na qual “a sociedade civil, a indústria dos media e as instituições governamentais discutirão uma estratégia concertada para resolver um problema cada vez mais preocupante”, refere o comunicado dos participantes portugueses na reunião.

Por trás desta iniciativa está uma equipa de três jovens portugueses, na qual se incluem os vencedores do Prémio em Bioética João Lobo Antunes – Francisco Goiana da Silva, médico e presidente do Health Parliament Portugal, e João Marecos, advogado e autor da página ‘Os Truques da Imprensa Portuguesa’ -, e Francisco de Abreu Duarte, estudante de doutoramento no Instituto Europeu de Florença.

“Foi, aliás, o Prémio João Lobo Antunes a dar o sinal de partida deste projeto internacional que envolverá representantes da academia, das plataformas digitais e órgãos de comunicação social, e de Estados-membros da OMS”, refere o comunicado.

Também João Breda, diretor do Programa de Promoção de Atividade Física e combate à Obesidade da OMS Europa, e Carina Ferreira Borges, diretora do Programa de Combate aos efeitos nefastos do consumo de álcool da OMS Europa, “lideram esta iniciativa que pretende resultar num catálogo de medidas que possam ser adotadas pelos Estados-Membros da OMS para combater a escalada de desinformação na área da saúde”.

No ano passado, é referido que foram feitas mais de 70.000 pesquisas no Google, por minuto, sobre assuntos relacionados com a saúde.

“A infodemia criada pela pandemia de covid-19 veio apenas confirmar aquilo que já se sabia há muito tempo: que a desinformação na área da saúde tem um custo traduzível em vidas humanas, em comportamentos de risco, em perigos acrescidos para a saúde”, afirma Francisco Goiana da Silva, doutorado em saúde pública pelo Imperial College em Londres, citado em comunicado.

“Antes da pandemia, plataformas como o Facebook ou o Twitter recusavam-se a proativamente resolver o assunto. Agora, implementaram medidas de rotulagem de conteúdos, de reencaminhamento para fontes oficiais e apagaram massivamente mensagens de utilizadores. Isto é uma mudança significativa de atitude, que temos de aproveitar”, defendeu, por sua vez, Francisco de Abreu Duarte, investigador na área da regulação de plataformas digitais no Instituto Europeu em Florença.

“Precisamos de deixar de ver este problema como algo que diz respeito apenas aos governos ou às plataformas ou aos jornalistas. Isto é um problema de todos e precisa, como tal, de ações concertadas: de boa regulação, de cooperação e boas práticas entre a indústria, e de um grande foco no empoderamento individual de cada um de nós através de educação e de campanhas de literacia mediática”, salienta João Marecos, que se prepara para iniciar um doutoramento em desinformação na área da saúde no Imperial College, em Londres.

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