“Para nós, o atual nível de integração é o ponto de partida, por isso não queremos andar para trás. E, tal como Portugal, não queremos discutir as opções que signifiquem menos cooperação e menos integração”, disse Miroslav Lajcak à imprensa em Lisboa.
“A Europa a várias velocidades já é um facto, com Schengen, com a Eurozona ou com os ‘opt outs’ de alguns Estados, por isso o que é importante é que ninguém seja impedido de avançar”, acrescentou.
Lajcak, que respondia a uma pergunta sobre declarações do Presidente francês, François Hollande, frisou a importância de se preservar “o princípio de inclusão e de critérios justos para que a pertença dos países a um núcleo ou seja uma escolha livre e, claro, capacidade para cumprir os critérios necessários”.
François Hollande afirmou na semana passada que a União Europeia tem de funcionar “a duas velocidades”, caso contrário “vai explodir”.
Na ocasião, o primeiro-ministro português, António Costa, comentou a ideia de Hollande afirmando aos jornalistas que, “desejavelmente”, a Europa “deve ter uma boa velocidade”, mas que a ideia de “uma geometria variável”, com “países que se associam para avançar mais numa área e outros que se associam para avançar mais noutra área”, “não é propriamente uma novidade”, citando Schengen e a Zona Euro, que nem todos os Estados integram.
O ministro eslovaco falava em conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Augusto Santos Silva, que, sobre o futuro da Europa, sublinhou a importância de mais integração.
“Os cidadãos querem segurança, querem liberdade, querem prosperidade. É importante avançarmos para uma maior convergência económica, partilha de informações, cooperação policial e judicial”, entre outros, disse.
“É muito importante compreender que a integração europeia é a solução para os grandes problemas que os países enfrentam”, acrescentou.
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