Com 66 milhões de anos, o fóssil conhecido pelo nome de "Big John" estava estimado entre 1,2 e 1,5 milhões de euros. A sua arrematação por 6,6 milhões de euros foi apontada como um recorde europeu pela casa leiloeira.

O leilão ocorreu no Hotel Drouot, que todos os anos atrai colecionadores ricos apaixonados por espécimes naturais impressionantes.

O esqueleto está em bom estado de conservação, apresentando-se 60% completo (o crânio está 70% completo).

O comprador do fóssil é um particular norte-americano, cuja identidade não foi revelada, e que enviou ao leilão um intermediário para negociar.

"Big John" irá para os Estados Unidos, onde foi descoberto em 2014, no Estado do Dakota do Sul, por um geólogo, disse o representante do comprador à agência noticiosa francesa AFP, sem o identificar, acrescentando que o esqueleto irá completar a "coleção pessoal" do norte-americano.

De acordo com o leiloeiro Alexandre Giquello, é bem possível que o fóssil possa ser cedido por empréstimo, doado ou exposto num museu.

Único pelo seu tamanho, o esqueleto de "Big John" foi restaurado durante cerca de um ano por um laboratório especializado em Trieste, em Itália, "respeitando as regras da paleontologia", adiantou Giquello.

"Big John" viveu no Cretáceo tardio, o último período da era dos dinossauros, na Laramidia, uma região insular que se estendia do atual Alasca ao México.

Este exemplar de um tricerátopo, que deve o seu nome ao proprietário do terreno onde o fóssil foi descoberto, morreu numa várzea, o que contribuiu para a boa conservação do esqueleto, que esteve enterrado em lama sem atividade biológica.

Segundo os especialistas, um traço de laceração detetado perto do crânio indicia que provavelmente "Big John" recebeu uma cornada de um outro tricerátopo durante uma luta. Estes dinossauros caracterizam-se por ter dois longos cornos frontais.

"Big John" é citado no livro Guinness World Records como sendo o maior esqueleto documentado de um tricerátopo.

No Hotel Drouot, na capital francesa, já foram leiloados dois alossauros fossilizados, antepassados dos tiranossauros, por 1,4 e 3 milhões de euros, entre 2018 e 2020.

O recorde mundial pertence a um esqueleto de um tiranossauro que foi comprado por um colecionador em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 2020, por 31,8 milhões de dólares (27,3 milhões de euros).

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