De acordo com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, as sanções visam a mulher do Presidente Daniel Ortega e o assessor de Segurança Nacional da Nicarágua, Nestor Moncada Lau.
“A vice-presidente Murillo e os seus atores políticos têm procurado sistematicamente desmantelar as instituições democráticas e saquear a riqueza da Nicarágua para consolidar a sua permanência no poder”, escreveu em comunicado o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
As sanções determinadas por ordem executiva do Presidente norte-americano, Donald Trump, na terça-feira, preveem bloquear o acesso dos sancionados às instituições financeiras norte-americanas.
Além disso, a Casa Branca anunciou que a entrada dos visados no país foi suspensa.
“O Governo dos EUA está comprometido em responsabilizar o regime de Ortega pelos protestos violentos e pela corrupção generalizada que resultaram na morte de centenas de nicaraguenses inocentes e na destruição da economia do país”, enfatiza-se no comunicado assinado por Steven Mnuchin.
A crise que se vive na Nicarágua desde abril causou pelo menos 325 mortos, incluindo 24 menores, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Daniel Ortega não reconhece nenhuma responsabilidade e sustenta que derrotou uma tentativa de “golpe de Estado”.
Os protestos contra Ortega e sua mulher, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram com as reformas fracassadas da segurança social e converteram-se numa exigência de renúncia ao cargo, devido ao número de mortos nas manifestações.
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