O GAE surge no âmbito de um acordo de cooperação que foi assinado hoje com a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na ocasião, o presidente da Câmara, Diamantino Sabina, disse que o município viu partir para a Venezuela muitas pessoas que, devido “ao drama” que se vive naquele país, estão agora a regressar “com uma mão à frente e outra atrás”.
“A nossa comunidade tem vindo a receber estas pessoas de forma qualificada, porque ainda não sentimos o alarme social. A nossa rede social tem funcionado muito bem”, disse o autarca, destacando a ajuda “extraordinária” da associação empresarial SEMA – Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha.
O presidente da Câmara de Estarreja disse ainda que o regresso de emigrantes portugueses na Venezuela e de lusodescendentes “vai aumentar consideravelmente” nos próximos meses.
“São muitos os que estarão para vir e nós temos de nos preparar. Temos de ter este GAE para melhor receber estes emigrantes”, disse o autarca.
O presidente da associação empresarial SEMA, José Valente, que tem sido uma espécie de "porto de abrigo" para estas pessoas, estima que no primeiro trimestre de 2019 possam chegar três mil emigrantes da Venezuela.
De acordo com o mesmo responsável, entre 2017 e 2018, a associação colocou 513 emigrantes venezuelanos no mercado de trabalho, possuindo atualmente uma lista de 55 locais para colocar estas pessoas.
O GAE de Estarreja tem por missão apoiar os munícipes que tenham estado emigrados, que se encontrem em vias de regresso, que ainda residem nos países de acolhimento ou que pretendam iniciar um processo migratório.
Estes gabinetes visam responder às questões inerentes ao regresso e reinserção em todas as suas vertentes: social, jurídica, económica, investimento, emprego e estudos, entre outras.
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