A polícia sueca, escreve a Reuters, confirmou a detenção de uma segunda pessoa no âmbito do ataque em Estocolmo, que deixou quatro mortos e 15 feridos na passada sexta-feira, 7 de abril. Também este domingo, as autoridades informaram que outras cinco pessoas estão a ser interrogadas no âmbito deste ataque.
"Sete pessoas foram trazidas para interrogatório como resultado desses acontecimentos", resumiu Jonas Hysing, responsável pelas operações policiais suecas, à televisão pública SVT, depois de buscas levadas a cabo durante o fim de semana em Estocolmo.
Sem querer avançar detalhes sobre os raides, Hysing disse apenas que "as provas parecem muito fortes" no que diz respeito ao atual suspeito de ser o condutor do camião.
O suspeito do ataque é um uzbeque, de 39 anos, conhecido dos serviços de inteligência suecos que, adiantou a polícia este domingo, expressou simpatia pelo autoproclamado Estado Islâmico e era procurado por desrespeitar uma ordem de deportação.
"Sabemos que o suspeito expressou simpatia por organizações extremistas, entre as quais o Estado Islâmico", disse Hysing em conferência de imprensa. A polícia procurava o suspeito desde que este recebeu um aviso da Agência de Migração Nórdica, em dezembro, que dava ao indivíduo quatro semanas para sair do país.
A polícia adiantou ainda as nacionalidades das vítimas mortais deste ataque: duas são suecas, uma é britânica e outra é belga. Um dos mortos de nacionalidade sueca é uma menina de 11 anos.
Dez dos feridos continuam hospitalizados, dois dos quais nos cuidados intensivos, informaram as autoridades.
A Suécia só havia sofrido um ataque até a data, em dezembro de 2010, quando um suicida detonou os seus explosivos na mesma rua pedonal de Estocolmo, deixando feridos ligeiros.
O trágico acontecimento em Estocolmo acontece a menos de um mês do atentado em Londres.
No passado dia 22 de março um homem de 52 anos, identificado como Khalid Masood, avançou com um carro sobre a multidão na ponte de Westminster. Depois, saiu do carro e esfaqueou um polícia quando tentava entrar no Parlamento britânico. No total, seis pessoas morreram, incluindo o atacante, e cerca de cinquenta outras ficaram feridas no atentado. O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), mas a polícia anunciou não ter “encontrado provas de qualquer ligação” de Masood ao autoproclamado EI ou à Al-Qaeda, ou qualquer prova de que se tivesse radicalizado na prisão.
No ano passado, a 14 julho, França saiu à rua, como acontece todos os anos, para celebrar a nação. Nessa noite, em Nice, um homem decidiu investir com um camião sobre a multidão que assistia ao tradicional fogo-de-artifício lançado no Dia da Bastilha. O ataque custou a vida a 86 pessoas e feriu mais de 400. Foi a primeira vez que na Europa se assistiu a este tipo de ataque. Meses mais tarde, em dezembro, um camião abalroou em Berlim o mercado de Natal de Breitscheidplatz, fazendo 12 vítimas mortais.
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