Washington proibiu a entrada na Rússia de aviões fabricados nos Estados Unidos ou com pelos menos 25% das peças produzidas em solo norte-americano, sem uma permissão específica, desde a imposição de sanções pelo Ocidente devido à invasão russa da Ucrânia.
No entanto, desde 2 de março, com base em informações disponíveis publicamente, o Departamento de Comércio “identificou vários voos comerciais e privados de terceiros países para a Rússia, todos propriedade ou controlados pela Rússia ou cidadãos russos”.
Este órgão governamental acrescentou, em comunicado, que estas aeronaves não podem beneficiar de reabastecimento, manutenção ou fornecimento de peças sobresselentes ou serviços.
“Estando impedido que estas aeronaves recebam qualquer serviço, inclusive do exterior, por exemplo”, voos internacionais com origem na Rússia nestes aviões podem levar à imobilização dos aparelhos, acrescentou o Departamento de Comércio.
A lista inclui aviões da transportadora aérea russa Aeroflot, AirBridge Cargo, Utair, Nordwind, Azur Air e Aviastar, bem como o jato particular Gulfstream G650 de Abramovich, que também tem nacionalidade portuguesa.
“Publicamos esta lista para alertar o mundo que não permitiremos que empresas e oligarcas russos e bielorrussos viajem impunemente, violando as nossas leis”, salientou a secretário do Comércio, Gina Raimondo, citada no comunicado.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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