O Departamento de Justiça anunciou na sexta-feira que Steve Bannon, de 67 anos, foi indiciado por um crime de desacato, após se ter recusado a comparecer para um depoimento, e um outro por se recusar a fornecer documentos na sequência da intimação enviada pela comissão de investigação.
O procurador-geral Merrick Garland destacou que esta acusação reflete o “compromisso inabalável” do Departamento de Justiça em garantir que se cumpre o estado de direito.
Bannon, que trabalhou na Casa Branca no início da administração Trump, é um cidadão comum que “se recusou a aparecer para prestar depoimento como exigido por uma intimação”, diz a acusação.
Cada acusação acarreta um mínimo de 30 dias de prisão e uma pena de até um ano.
Em 22 de outubro, a Câmara dos Representantes declarou Steve Bannon em desacato ao Congresso por desafiar uma intimação da comissão que investiga o ataque ao Capitólio, por 229 votos a favor e 202 contra.
Em 06 de janeiro, centenas de manifestantes investiram sobre a polícia para invadir o Capitólio e interromper a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais, na sequência de reiteradas acusações de Trump sobre a existência de fraude eleitoral generalizada, sem fundamentação credível.
O Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, já deu a sua aprovação para a divulgação de cerca de 770 páginas com registos relacionados com o caso, que estão no Arquivo Nacional.
Os registos incluem documentos de assessores próximos de Donald Trump, a agenda da Casa Branca, com o relato das suas atividades, viagens, reuniões ou telefonemas.
No entanto, um tribunal federal de recurso norte-americano suspendeu na quinta-feira temporariamente, até 30 de novembro, a libertação dos dados, enquanto analisa um pedido apresentado pelo ex-Presidente.
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