De acordo com a agência Reuters, citando o jornal norte-americano Star Tribune, o Procurador-Geral Keith Ellison vai elevar a acusação sobre Derek Chauvin de homicídio em terceiro grau para segundo grau, de acordo com a lei do estado do Minnesota.
Detido na passada sexta-feira, Chauvin, de 44 anos, foi despedido e inicialmente acusado de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário em segundo grau. Com a passagem do homícidio de terceiro para segundo grau, o agente pode agora enfrentar uma pena de 40 anos de prisão (na anterior acusação, a pena máxima eram 25 anos).
O agente do Departamento de Polícia de Minneapolis está acusado da morte de George Floyd, de 46 anos, cidadão afro-americano que deteve. As imagens de vídeo captadas no momento da detenção demonstram que Chauvin pressionou o seu joelho no pescoço da vítima durante vários minutos, mesmo depois de ela ter parado de se mexer, levando à sua morte por asfixia.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
Outra novidade no processo é que, por ordem de Keith Ellison, os três outros oficiais envolvidos no caso enfrentam agora acusações de cumplicidade no homicídio de Floyd. Até agora, Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao tinham sido despedidos, mas não acusados.
A família de George Floyd e os milhares de manifestantes que continuam a protestar contra a morte do afro-americano têm repetidamente exigido acusações contra os quatro agentes policiais.
Para além destas medidas legais, o estado do Minnesota apresentou ontem uma queixa em matéria de direitos humanos contra o Departamento da Polícia de Minneapolis. A apresentação da queixa foi hoje anunciada pelo governador, Tim Walz, e pelo Departamento dos Direitos Humanos do Minnesota, numa conferência de imprensa.
O Departamento de Polícia de Minneapolis tem enfrentado décadas de alegações de brutalidade e outras discriminações contra afro-americanos e outras minorias, mesmo dentro do próprio organismo.
Pelo menos nove mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.
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