Estes Estados juntam-se assim à Geórgia, que iniciou a votação antecipada na semana passada e já registou uma afluência recorde.
Nos condados de Miami-Dade, Broward e Monroe, como no resto da Florida, as atenções estarão viradas para a disputa pelo Senado em Washington e para uma emenda constitucional sobre o aborto.
Mais de 60 assembleias de voto estão abertas desde as 07:00 locais (12:00 de Lisboa) nos condados de Miami-Dade e Broward e permanecerão abertas até domingo, 03 de novembro.
No condado de Monroe, onde se situam as Florida Keys, cinco assembleias de voto abriram um pouco mais tarde, às 08:30 (13:30 de Lisboa), e aceitarão votos até 02 de novembro.
Neste processo eleitoral, cuja data central será terça-feira, 05 de novembro, só poderão votar aqueles que se tiverem recenseado até ao prazo estabelecido: dia 07 de outubro.
De acordo com a média das sondagens elaboradas pela empresa RealClear Politics, na Florida, o candidato republicano à Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), está, nas intenções de voto, 7,8 pontos à frente da sua adversária, a democrata e atual vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.
Por isso, os analistas preveem uma vitória incontestada de Trump neste Estado do sul do país, tendo também em conta que neste processo eleitoral os republicanos têm mais um milhão de eleitores registados na Florida que os democratas (5,4 milhões contra 4,4 milhões), segundo as autoridades eleitorais estaduais.
Tal facto favorecerá também o senador do Estado, Rick Scott, que é já o favorito à reeleição e a derrotar a adversária democrata, Debbie Mucarsel-Powell. A diferença entre os dois é de pouco mais de cinco pontos percentuais a favor do republicano, segundo o RealClear Politics.
Os eleitores da Florida deverão igualmente escolher vários candidatos locais, entre os quais aquele que será o primeiro xerife de Miami-Dade em décadas, bem como responder a perguntas sobre seis emendas à Constituição estadual, uma delas sobre o aborto e outra sobre a legalização do consumo recreativo da marijuana.
Também hoje, o governador da Florida, o republicano Ron DeSantis, fez campanha ao lado de um grupo de médicos contra a Emenda 4, que pretende consagrar na Constituição o direito ao aborto, atualmente limitado neste Estado às primeiras seis semanas de gestação.
No contexto de guerra aberta em que DeSantis transformou esta questão, um juiz federal ordenou à administração estadual que parasse de ameaçar as estações de televisão que transmitiram anúncios pagos por uma campanha em prol da emenda.
A ordem foi resultado de uma ação judicial interposta na quarta-feira passada pela Floridians Protecting Freedom (FPF), o grupo por detrás da campanha a favor da Emenda 4, que precisará de um mínimo de 60% de votos favoráveis para ser aprovada.
O caminho é menos difícil para os apoiantes da Emenda 3, sobre o uso recreativo da marijuana para maiores de 21 anos, que tudo aponta atingirá o mínimo de 60% dos votos necessários para ser aprovada, de acordo com as últimas sondagens.
Um estudo de opinião da Universidade do Norte da Florida hoje divulgado mostra que 66% dos eleitores dirão ‘Sim’ a esta emenda, contra 32% que se inclinam para o ‘Não’.
A mesma sondagem revela que 60% dos eleitores são a favor da Emenda 4, 32% são contra e 8% ainda estão indecisos.
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