De acordo com um inquérito hoje divulgado em Bruxelas pela Comissão Europeia, 97% dos portugueses defende que as políticas de ajuda a países em desenvolvimento devem centrar-se mais nas mulheres, uma percentagem superior à média comunitária, que se fica pelos 86%.
Mais especificamente, 76% os cidadãos nacionais que participaram no estudo, realizado em julho, advogam uma luta contra as atitudes discriminatórias em relação às mulheres.
O Governo lançou na segunda-feira um programa de financiamento de projetos de conciliação e igualdade de género, no valor de sete milhões de euros, disponibilizados no âmbito do mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu EEA Grants 2014-2021.A Noruega, a Islândia e o Liechtenstein financiam, em 15 estados-membros da União Europeia, no âmbito dos European Economic Area Grants e através do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021, iniciativas e projetos em diversas áreas programáticas, com vista a reduzir as disparidades económicas e sociais e reforçar as relações bilaterais entre os estados doadores e os beneficiários.
De acordo com o Eurobarómetro, em Portugal, 95% dos inquiridos apoia a cooperação com países em desenvolvimento, uma percentagem que coloca os portugueses atrás apenas dos luxemburgueses (97%), dos suecos (96%), e ‘empatados’ com o Chipre.
Em geral, 89% dos europeus concorda com a ajuda ao desenvolvimento, com 71% a considerar que abordar a pobreza deve ser prioritário para a União Europeia (73% em Portugal), ainda que apenas 54% (52% entre os portugueses) defendam que esta deve ser uma prioridade do seu Governo nacional.
Para este estudo, o Eurobarómetro entrevistou 27.700 cidadãos dos 28 países do bloco comunitário.
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