Na operação conjunta foram apreendidos 1.255 quilos de enguias jovens europeias – uma espécie protegida conhecida em Portugal como meixão – no valor de 1,9 milhões de euros, em mais de 27 mil inspeções conduzidas entre novembro do ano passado e este mês.

A população da enguia europeia diminuiu 90 por cento nos últimos anos, assinala a Europol, indicando que as operações de combate ao tráfico (esta é a sexta) conseguiram uma diminuição de 50% neste negócio ilegal.

Desde 2016, 500 pessoas foram detidas e 18 toneladas de meixão acabaram por regressar aos habitats naturais.

Com o regresso à normalidade dos transportes aéreos, aumentou o recurso ao método de contrabandear meixão para fora dos países europeus colocando-o nas bagagens.

“Os grupos de crime organizado recorrem a ‘mulas’ que levam bagagens onde as enguias podem ser mantidas vivas até 48 horas”, refere a Europol.

No contrabando a partir da Europa para a Ásia, cidadãos europeus fazem a pesca ilegal enquanto nos países asiáticos se providencia transporte e logística. Há também casos em que enguias pescadas legalmente são desviadas para mercados ilegais passando disfarçadas em bagagens.

Quando as enguias jovens chegam à Ásia, são cultivadas em aquacultura para satisfazer o mercado regional, um tráfico que movimenta cerca de 100 toneladas de enguias, que chegam a ser vendidas por milhares de euros o quilo.

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