Imagens divulgadas pela agência estatal KCNA mostram o atual líder do regime hermético, Kim Jong Un, num momento de reverência diante do caixão do "veterano revolucionário".
Segundo a agência, Kim Ki Nam, que estava hospitalizado desde 2022, faleceu na terça-feira aos 94 anos devido a uma "disfunção de múltiplos órgãos".
Ficou famoso por comandar durante décadas o crucial departamento de propaganda de Pyongyang, com o qual forjou o culto à dinastia Kim.
A imprensa estatal norte-coreana descreveu-o como "um veterano do nosso Partido e da revolução, um teórico de prestígio e um proeminente ativista político.
No final da década de 2010, as funções de Kim Ki Nam como chefe da propaganda de Pyongyang foram assumidas por Kim Yo Jong, a influente irmã do atual líder.
A dinastia Kim, estabelecida pelo líder comunista Kim Il Sung, governa com mão de ferro a nação pobre e isolada há três gerações.
Para Ahn Chan-il, um desertor que se tornou investigador no Instituto Mundial de Estudos Norte-Coreanos, Kim Ki Nam "é o equivalente norte-coreano de Paul Joseph Goebbels", o chefe da propaganda da Alemanha nazi.
"As estratégias de propaganda e agitação da dinastia Kim nasceram todas da mente de Kim Ki Nam", disse o analista à AFP.
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