“As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram e atacaram um veículo suspeito no Líbano. O veículo foi identificado como suspeito de transportar terroristas”, disse à EFE um porta-voz militar israelita.

Segundo a fonte, o Exército está a investigar “alegações de que havia civis no veículo” e referiu que “o incidente está a ser analisado”, sem dar mais detalhes.

As autoridades libanesas informaram hoje que pelo menos quatro civis, incluindo três crianças entre os 10 e os 14 anos, foram mortos e dois ficaram feridos num ataque com um drone israelita que atingiu o carro em que viajavam em Aynata, no sul do Líbano.

Os quatro mortos, pertencentes à família de um jornalista libanês que também ficou ferido, foram agredidos enquanto viajavam no seu carro, que foi engolido pelas chamas e ficou completamente queimado.

Após o incidente, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que o ataque “não passará despercebido” e indicou que o Governo do país apresentará uma queixa contra Israel perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano disse, na sua conta X (antigo Twitter) que a denúncia será apresentada na segunda-feira, perante o Conselho de Segurança “em resposta ao crime de Israel em Aynata”.

Pouco depois, um civil israelita foi morto por um míssil antitanque disparado do Líbano para o norte de Israel, numa ação reivindicada pelo movimento libanês Hezbollah “em resposta ao crime atroz e brutal” contra o sul do Líbano, de acordo com um comunicado do Grupo xiita.

O fogo cruzado entre Israel e as milícias no Líbano — tanto as milícias palestinianas como o grupo xiita Hezbollah — tem-se repetido quase diariamente desde o início da guerra entre o exército israelita e o grupo islamita Hamas em Gaza, há quase um mês.