Em comunicado enviado hoje à Lusa, a FMUP explica que esta nova licenciatura tem 40 vagas disponíveis e arranca em setembro.
O curso, que recebeu a aprovação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), tenciona preparar profissionais com competências adequadas às novas exigências da saúde, dando respostas às atuais e futuras necessidades deste setor, refere.
Responsável pela avaliação da qualidade dos cursos ministrados em Portugal, a A3ES sustenta, no seu relatório, que “esta oferta formativa, além de pertinente e muito inovadora, é de enorme qualidade e exigência”.
“Numa altura em que a saúde enfrenta desafios cada vez mais exigentes, o novo curso pretende promover soluções inovadoras, através da criação de profissionais com competências híbridas de saúde e tecnologia, cada vez mais necessárias nos vários subsetores da saúde”, ressalva a FMUP.
O diretor da faculdade explica, citado no comunicado, que o objetivo desta nova licenciatura é formar profissionais capazes de intervir em vários domínios da saúde digital e da inovação biomédica, munidos de conhecimento sobre investigação e prestação de cuidados em saúde.
Tendo a telemedicina e as aplicações móveis (‘app’) um papel crescente na saúde, Altamiro da Costa Pereira considera que para dar respostas a estas necessidades são essenciais profissionais capazes de fazer pontes entre a tecnologia e a saúde e com um novo perfil formativo.
E acrescentou: “Só assim poderão fazer investigação, programação, consultadoria, gestão de projetos e implementação de inovação”.
O diretor desta nova licenciatura, João Fonseca, professor catedrático da FMUP, esclarece que o plano curricular tem um tronco comum de dois anos, nos quais são abordados conteúdos de biologia humana, clínica e serviços de saúde, ciências de dados, informática médica e gestão.
No terceiro ano, os estudantes poderão optar por um de quatro percursos especializados: Análise de Dados e Inteligência Artificial em Saúde, Investigação Biomédica e Bioinformática, Investigação Clínica e Gestão de Inovação em Saúde e Sistemas de Informação em Saúde e Telessaúde, salienta.
Segundo João Fonseca, o novo curso da FMUP pretende ainda dotar os estudantes de competências profissionais práticas, através da realização de estágios em unidades de saúde, empresas e associações de diversos subsetores da saúde.
Entre os cerca de 50 parceiros estão entidades como o Centro Hospitalar Universitário de São João, o IPO do Porto, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos, a Direção Executiva do SNS, a CUF, a Luz Saúde, o Infarmed ou a Associação Nacional de Farmácias, adianta a FMUP.
A FMUP esclarece que a licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), podendo os candidatos beneficiar de bolsas de incentivo e de mérito financiadas.
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