“António Damasceno de Sousa foi um dos principais rostos da Igreja madeirense em mais de 50 anos, tendo dirigido os destinos da Catedral funchalense durante mais de 23 anos, granjeando um capital de simpatia junto da população da capital madeirense”, diz o Governo da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque numa nota de pesar distribuída na região.
No documento, refere que aquele sacerdote nasceu em 1922, na freguesia de São Pedro, no Funchal, tendo sido ordenado padre em 1945.
Em 1958 foi para Moçambique, a convite do arcebispo de Lourenço Marques, o madeirense Teodósio Clemente de Gouveia, onde exerceu o cargo de Reitor do Seminário S. Pio X.
Em 1963 foi nomeado cónego de Lourenço Marques e regressou à Madeira quatro anos, tornando-se cónego da Sé, onde acumulou as funções de pároco.
Depois foi designado Vigário Episcopal para o Clero pelo então bispo do Funchal, Teodoro de Faria.
“O antigo pároco da Sé promoveu ainda vários eventos solidários, a par de iniciativas que permitiram uma aproximação evidente entre a Igreja madeirense e os fiéis”, refere a nota do executivo madeirense.
No documento complementa que “perduram ainda na memória as várias homílias que proferiu, com sermões que tinham o condão de se manterem atuais e oportunos ao longo do tempo”.
“É este ilustre madeirense e este grande Homem da Igreja madeirense que o Governo Regional pretende homenagear, também na hora da sua morte, sublinhando a sua gratidão para com os relevantes serviços prestados em nome da nossa Região e em defesa de uma Instituição a quem a Madeira tanto deve”, lê-se na nota de pesar.
Também o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues manifestou o seu “profundo pesar pela morte do cónego António Damasceno de Sousa”.
“O decano dos sacerdotes madeirenses foi uma referência na Diocese do Funchal, tendo desenvolvido um meritório trabalho, durante três décadas, à frente da catedral madeirense”, refere o responsável do parlamento regional na nota de pesar, endereçando “à sua família, aos amigos e à diocese do Funchal as mais sentidas condolências”.
A diocese do Funchal informou que o funeral do sacerdote acontece na segunda-feira na catedral do Funchal, sendo a missa presidida pelo atual bispo do Funchal, Nuno Brás, seguindo-se o cortejo fúnebre para o cemitério de São Martinho, onde será sepultado em jazigo de família.
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