Em declarações à Lusa, Rui Rodrigues, morador no nº108, explicou que as famílias que têm crianças e que precisavam de ficar na zona por causa das escolas foram alojadas no Largo das Olarias, na Mouraria, enquanto as restantes foram para a zona de Benfica.
Rui Rodrigues adiantou que, durante o fim de semana passado, as cerca de 35 famílias, que se encontravam em casas de familiares ou hotéis, foram até às suas habitações na Damasceno Monteiro buscar os pertences para a mudança para Benfica.
A 27 de fevereiro, parte do muro (de propriedade privada) do condomínio Villa Graça, no bairro Estrela d'Oiro, ruiu pelas 05:40, provocando um deslizamento de terras para as traseiras de cinco edifícios da rua Damasceno Monteiro (dos números 102 ao 110).
A autarquia evacuou os cinco prédios afetados e teve de realojar um total de 78 pessoas.
Neste âmbito, a Câmara de Lisboa assumiu como primeira prioridade o apoio às pessoas desalojadas, seguindo-se a questão das obras para recuperar a segurança do espaço físico afetado e, por último, o apuramento das responsabilidades do desastre ocorrido.
Também as famílias com animais domésticos foram realojadas, tendo sido aquelas que mais constrangimentos tiveram, uma vez que até à data alguns animais estavam no canil municipal.
Rui Rodrigues adiantou também que as obras da contenção do muro “já estão em fase avançada”, facto que constatou durante o fim de semana quando foi buscar alguns dos seus pertences à casa que teve de deixar no final de fevereiro.
A 09 de março, a Câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, uma proposta para o investimento de 3,18 milhões de euros na estabilização do muro que colapsou e na recuperação dos prédios afetados.
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