"A greve (...) está a ter uma adesão bastante elevada, que reduziu a atividade destas empresas a serviços mínimos e mesmo assim incompletos", refere a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), em comunicado divulgado.
A Fectrans e outras organizações sindicais convocaram para hoje uma greve de trabalhadores da CP - Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP), reivindicando aumentos salariais e um reforço das contratações, da qual resultou que "a palavra suprimido seja a que mais se lê" nos painéis informativos das estações.
Segundo a federação, a greve dos trabalhadores da circulação e área comercial, comando de circulação e de infraestruturas, da área oficinal, serviços de apoio técnicos/administrativos obrigou os comboios da CP e da Fertagus a operar em serviços mínimos, a suprimir comboios de mercadorias, operados pelas empresas privadas, e a encerrar serviços da IP ligados às estradas.
"Com esta greve os trabalhadores destas empresas demonstraram o seu descontentamento face ao sistemático congelamento dos salários que não têm crescido nestes últimos anos, o que os aproxima cada vez do SMN – Salário Mínimo Nacional, criando já dificuldade ao recrutamento de novos trabalhadores", escreve no comunicado.
A CP, num balanço à Lusa cerca das 12:00, informava ter realizado 160, das 561, ligações ferroviárias programadas até às 12:00 de hoje, em resultado da greve, e suprimido 401, dos quais 112 do serviço regional, 23 de longo curso, 72 comboios urbanos do Porto e 194 urbanos de Lisboa.
"O Governo, agora, faz a leitura da adesão a esta greve, ou certamente terá o prolongamento do conflito nestas empresas", salienta a Fectrans, no comunicado.
Na informação disponível no ‘site’ da CP, a empresa lembra que o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos que implicam realizar cerca de 25% do total da oferta de comboios.
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