Num comunicado, a FECTRANS indica que foi alcançado um acordo relativamente aos salários de 2023, com “atualização média na tabela em 7,4%, com garantia de aumento mínimo de 80 euros”.
“Para a generalidade dos trabalhadores significa um aumento de 9,6% e de 7% nas restantes rubricas, que garante a cada trabalhador mais de 100 euros de aumento no seu rendimento mensal”, acrescenta a federação.
Segundo o sindicato, este acordo tem efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023.
Os maquinistas da MTS, empresa que opera o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, têm uma greve agendada entre 15 e 19 de novembro para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.
Esta greve mantém-se, apesar deste acordo, porque a estrutura sindical que a convocou – Sindicato dos Maquinistas – não teve negociações com a administração da empresa.
“Se houve acordo, desconheço. Não fomos contactados pela empresa, portanto, a greve mantém-se”, disse à agência Lusa o presidente da direção do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Domingues.
O sindicalista referiu ainda que o SMAQ é o “único sindicato com legitimidade” para negociar as condições de trabalho dos maquinistas da MTS.
À Lusa, o coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, distanciou-se da paralisação, afirmando que a federação “não avançou com nenhuma greve”.
“Não é connosco”, frisou.
A greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) decorrerá entre as 00:00 do dia 15 de novembro e as 24:00 do dia 19 de novembro e será feita ao trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
Paralelamente, entre as 00:00 do dia 16 e as 24:00 do dia 18 os trabalhadores farão greve total.
A MTS é a empresa que explora o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal.
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