Fernando Medina e Duarte Cordeiro suspeitos de corrupção e prevaricação

Fernando Medina, atual ministro das Finanças e antigo presidente da Câmara de Lisboa, é suspeito de ter aprovado ajustes diretos em contratos da autarquia e ter promovido um acordo secreto entre responsáveis do PS e do PSD, com o intuito de negociar posições políticas nas autárquicas, avança a CNN Portugal. Duarte Cordeiro também estará envolvido.
Fernando Medina e Duarte Cordeiro suspeitos de corrupção e prevaricação
RODRIGO ANTUNES/LUSA

Em causa estão alegados atos de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, tráfico de influências e abuso de poder, já que Medina, então autarca da capital, terá encoberto a distribuição de avenças para trabalhos fictícios e negócios celebrados com empresas em ajustes diretos, em troca de benefícios pessoais.

Por outro lado, e de acordo com o Ministério Público, Medina terá negociado um acordo secreto com figuras do PSD, seis meses antes das eleições autárquicas de 2017. Segundo a investigação da CNN Portugal, Medina parece “tramado” pelo então vice-presidente da bancada do PSD, Sérgio Azevedo, e pelo presidente da junta de freguesia da Estrela, Luís Newton, ambos sob escuta. “Está combinado com o Medina eles apresentarem uns gajos merdosos para garantirmos (PSD) as nossas juntas”, diz Azevedo ao telefone, em maio de 2017. “Um acordo de governação com tachos por fora”, reforça.

Além de Medina, também estão envolvidos na teia de favores o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro, que na época era o braço direito de Medina na Câmara de Lisboa, e ainda um deputado do PSD. No entanto, ambos os governantes já vieram a público desmentir as acusações.

O inquérito criminal no DIAP de Lisboa ter-se-á iniciado em 2016 com várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa Ambigold, que tem como sócio-gerente Carlos Eduardo Reis, atual deputado do PSD. Com a ajuda de Sérgio de Azevedo (ex-deputado do PSD), a Ambigold terá conseguido contratos públicos para a limpeza e conservação de jardins públicos de três juntas de freguesia lideradas pelo PSD (Areeiro, Estrela e Santo António). No total, estarão em causa contratos superiores a 1 milhão de euros.

No âmbito da adjudicação de tais contratos, o DIAP de Lisboa e a PJ suspeitam de alegada corrupção ativa de Carlos Eduardo Reis e alegada corrupção passiva dos líderes autárquicos, Fernando Braamcamp (Areeiro), Luís Newton (Estrela) e Vasco Morgado (Santo António). Foi noticiado pela revista Sábado e pelo semanário Sol que também estavam em causa o alegado financiamento partidário do PSD, sendo certo que as primeiras buscas judiciárias de grande dimensão foram realizadas em 2018 e também foram motivadas por vários indícios reforçados de alegado financiamento partidário proibido.

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