Em 2022, as festas decorreram com um novo formato, ainda devido à pandemia, já que a imagem do Santo Cristo saiu da Igreja do Santuário para o adro logo na sexta-feira, coincidindo com a abertura das luzes no Campo de São Francisco.
“Retomamos as festas este ano idênticas às 2019, antes da pandemia. Ou seja, a imagem volta a sair no sábado na procissão à volta do Campo de São Francisco”, explicou o provedor da Irmandade do Santo Cristo dos Milagres, Carlos Faria e Maia, em declarações à agência Lusa.
Segundo o provedor da Irmandade, responsável pela organização religiosa das festividades, "este ano haverá apenas uma vigília de sábado para domingo na Igreja de São José", no Campo de São Francisco, para onde será transportada a imagem, no final da procissão.
Antes da mudança da imagem do adro para a Igreja de São José, haverá um sermão pelo novo Bispo da Diocese de Angra, Armando Esteves Domingues, que irá presidir aos festejos religiosos.
O provedor da Irmandade do Santo Cristo adiantou que "este ano, tal como em 2019, as barracas de restauração voltaram a funcionar na Avenida Kopke", num total de "seis estabelecimentos".
De acordo com o programa definitivo das festas, na sexta-feira (dia 12) haverá, pelas 11:0,0 missa destinada aos doentes na Igreja São José, presidida pelo Bispo da Diocese de Angra, Armando Esteves Domingues.
Na sexta-feira é inaugurada, pelas 21:00, a iluminação decorativa da fachada do Santuário do Santo Cristo, dia em que abre o bazar, pelas 21:30, junto à Igreja do Santuário.
Um dos pontos altos das festas é a procissão em redor do Campo de São Francisco, que decorre a partir das 16:30, com a imagem do Santo Cristo, num cortejo onde participam anualmente milhares de devotos, alguns descalços e com molhos de círios (velas) às costas, no pagamento de promessas.
Antes da mudança da imagem, centenas de peregrinos percorrem, na manhã de sábado, de joelhos, o empedrado do Campo de São Francisco como forma de pagamento de promessas ao Santo Cristo.
No domingo (dia 14 de maio) a imagem sai pelas 09:15 da Igreja de São José para o adro do Santuário, onde ficará para a celebração eucarística (09:30), presidida pelo Bispo da Diocese de Angra, Armando Esteves Domingues.
A imagem do Santo Cristo é recolhida ao Convento depois da celebração, para ser preparada para a procissão, que começa pelas 15:30 e percorrerá as principais artérias da cidade de Ponta Delgada, num trajeto de cerca de quatro horas.
Na segunda-feira (15 de maio), feriado municipal, será realizada, pelas 11:00, uma celebração eucarística pelas intenções da Mesa da Irmandade e seus colaboradores, presidida pelo Bispo da Diocese de Angra.
Às 14:30, haverá arrematação (licitação pública de ofertas e pequenos animais domésticos ao lado do Monumento ao Emigrante, no Campo de São Francisco) e abertura do Bazar a partir das 15:00.
Na quinta-feira, último dia das festas, pelas 21:00 reabre o bazar e, pelas 18:00, encerram as festas religiosas do Santo Cristo dos Milagres, com uma solene Concelebração, em honra da Madre Teresa da Anunciada.
As festas, que têm por referência a imagem do “Ecce Homo”, realizam-se tendo por base o quinto domingo a seguir à Páscoa.
São consideradas a segunda maior manifestação religiosa do país depois das peregrinações a Fátima e fazem deslocar anualmente milhares de peregrinos até à ilha de São Miguel, oriundos das ilhas, do continente e das comunidades de emigrantes, nomeadamente Estados Unidos da América e Canadá.
O Governo dos Açores vai conceder tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública Regional cujos serviços estão sediados na ilha de São Miguel, na segunda-feira das Festas, feriado municipal em Ponta Delgada.
Num despacho publicado hoje em Jornal Oficial é ainda concedida concedida tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública Regional dos Açores, cujos serviços de encontrem sediados no concelho de Ponta Delgada, no dia 18 de maio (último dia das festas).
No despacho, assinado pelo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro justifica que a festa em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres tem "um profundo significado para a açorianidade, que mobiliza sentimento, fé e adesão nos Açores e na diáspora".
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