Fechada há vários anos, encontrava-se em processo de adiantado estado de degradação quando a Câmara liderada por Pedro Santana Lopes optou, no início de 2023, pela resolução do contrato de concessão da obra pública de reabilitação, reconversão e exploração do complexo, que contemplava um hotel e um novo edifício.
“No final da primeira quinzena de julho a piscina abre, com um bar e balneários de apoio”, garantiu à agência Lusa o vereador Ricardo Silva, salientando que o equipamento vai estar aberto ao público, mediante o pagamento de uma entrada.
As obras de requalificação da piscina começaram esta semana e estão a ser efetuadas pelo município por administração direta, depois do espaço já ter sido limpo no verão passado e reparadas as bombas e a captação de água e o sistema elétrico.
O autarca adiantou ainda que decorrem negociações com o grupo hoteleiro Vila Galé para a exploração da piscina e requalificação do complexo adjacente, que já teve vários projetos nunca concretizados.
“Vamos devolver este ex-líbris à Figueira da Foz”, sublinhou Ricardo Silva, que lamentou o facto de nenhum grupo de figueirenses “ter organizado ou convocado, nos últimos anos, ações de repúdio pelo estado de degradação a que a piscina chegou”.
No início de 2023, o executivo liderado por Santana Lopes justificou a revogação do contrato da concessão que existia para a execução de um projeto hoteleiro, com o facto de o promotor não ter levantado alvará de construção dentro dos 90 dias legalmente previstos, após a assinatura do contrato.
O Complexo Piscina de Mar, situado na marginal fronteira à praia, é um dos conjuntos arquitetónicos emblemáticos da Figueira da Foz, classificado como Imóvel de Interesse Público, estando fechado há vários anos.
Anteriormente designada por Piscina-Praia (e conhecida localmente como Piscina do Grande Hotel, embora nunca tenha feito parte deste, atualmente hotel Mercure), foi projetada na década de 1950 pelo arquiteto Isaías Cardoso.
A piscina, e a estalagem com 13 quartos que lhe foi anexada na década de 1960, funcionou com acesso público até finais da década de 1980, tendo ficado célebre pelas suas dimensões, com 33 metros de comprimento, e pela prancha de saltos de cinco e dez metros.
Na década de 1990, depois de um falhado projeto de reconversão, o complexo fechou e degradou-se, tendo a prancha sido retirada.
Viria a ser adquirido pela autarquia liderada por Santana Lopes, na sua primeira passagem pela presidência do município, que reabilitou a piscina em 2001, tendo esta voltado a funcionar durante vários anos, com concessões limitadas no tempo.
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