Produzido por Paulo Branco, “A Herdade” chega aos cinemas portugueses depois de ter tido estreia mundial em agosto, no festival de Veneza, onde esteve integrado na competição oficial e foi distinguido pela crítica independente, tendo sido exibido depois no festival de cinema de Toronto.
“A Herdade”, com argumento de Rui Cardoso Martins e Tiago Guedes, a partir de uma ideia de Paulo Branco, é o candidato de Portugal a uma nomeação para os Óscares (EUA) e para os Goya (Espanha).
O elenco é encabeçado por Albano Jerónimo, no papel de João Fernandes, “um homem carismático, daqueles maiores do que a vida”, dono de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo, afirmou Tiago Guedes na nota de intenções.
“Ambos, o homem e a terra, começam grandiosos, imperiais, mas com o decorrer dos eventos vão revelando as imperfeições, as zonas cinzentas, e tanto um como o outro se começam a desmoronar”, explicou o realizador, sublinhando que lhe interessava filmar “essas transformações humanas e territoriais”.
“A Herdade” é “um filme de personagens, de actores, de interpretações fortes, da grandeza das paisagens que os envolvem e das consequências dos segredos que transportam”, resumiu.
Além de Albano Jerónimo, o filme conta com a participação de Sandra Faleiro, Miguel Borges, João Pedro Mamede, João Vicente, Ala Vilela da Costa, Rodrigo Tomás, Beatriz Brás, entre outros.
O filme deu já origem a uma minissérie de três episódios, coproduzida pela RTP, que será exibida no final de 2020 pelo canal ARTE France.
Tiago Guedes, autor de filmes como “Entre os dedos” e “Coisa ruim”, ambos correalizados com Frederico Serra, tem ainda por estrear a longa-metragem “Tristeza e Alegria na Vida das Girafas”, exibido este ano no IndieLisboa.
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