O segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Joaquim Santos, disse à Lusa que entre os feridos há três civis, por inalação de fumos.
Os outros 11 feridos são bombeiros — um por mal-estar, um com um traumatismo na perna, dois com queimaduras ligeiras e os restantes por exaustão e inalação de fumos.
Apesar de todos os feridos terem sido transportados para o hospital, não inspiram cuidados, de acordo com Joaquim Santos.
As chamas causaram alguns danos num centro hípico da localidade da Charneca, tendo os bombeiros retirado todos os seus cavalos, 30 no total.
Nenhuma habitação nas redondezas foi afetada pelo fogo, que deflagrou às 12:19 na localidade de Janas, na freguesia de Alcabideche, consumindo mato e floresta.
Pelo menos um autotanque dos bombeiros foi danificado pelas chamas.
Não existiam, até às 17:30, “estradas relevantes cortadas” (estradas nacionais e autoestrada), indicou o comando-geral da GNR.
O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, afastou que este seja um incêndio de “enorme gravidade”, em comparação com um fogo que atingiu uma zona próxima no ano passado, e que disse ter chegado, na altura, a ser combatido por cerca de 1.500 operacionais.
O autarca justificou o investimento em meios no fogo de hoje com a inexistência de outras ocorrências de relevo na região de Lisboa, considerando que “é natural que, havendo um foco de incêndio, se afete meios disponíveis para poder combatê-lo, para poder controlá-lo no mais curto espaço tempo”.
As causas do incêndio não estão determinadas. Nos últimos dois anos, foram registados incêndios de proporções elevadas na freguesia de Alcabideche.
Devido à orientação do vento, o fumo e partículas de cinzas provenientes do fogo de hoje chegavam às zonas de habitação na freguesia de Cascais.
O incêndio deflagrou em mato por volta das 12:20, em Alcabideche, no concelho de Cascais, Lisboa, de acordo com a Proteção Civil.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada às 20:28, 407 operacionais apoiados por 124 viaturas combatiam o incêndio no local.
O combate está a ser feito com o apoio de nove meios aéreos, de acordo com a mesma página.
Segundo fonte da ANEPC, os meios foram acionados para o local às 13:30, referindo que é uma zona onde é normal “que haja vento”, face à proximidade da costa.
“A zona está ali muito esbatida o mar e é normal que haja vento e que o incêndio percorra alguma velocidade no seu desenvolvimento e, assim, acionámos os meios por precaução”, disse.
O combate às chamas, dificultado pelo vento, mobilizou centenas de operacionais de várias corporações da Grande Lisboa, apoiados por elementos das sub-regiões do Oeste, Península de Setúbal e Lezíria-Tejo.
Nas operações estiveram envolvidos elementos da GNR, PSP, PJ, Polícia Municipal de Cascais, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
(Notícia atualizada às 20h38 com novas informações)
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