“O polícia envolvido na morte de Floyd, que foi identificado como Derek Chauvin, foi colocado sob detenção” pela polícia criminal, declarou John Harrington, comissário do departamento de Segurança pública do Minnesota.
Mais tarde, um tribunal norte-americano acusou o agente de assassínio de terceiro grau e de homicídio involuntário pela morte de Floyd.
“O antigo oficial da polícia de Minneapolis Derek Chavin é acusado pelo gabinete do Procurador do condado de Hennepin de assassínio (em terceiro grau) e de homicídio involuntário”, afirmou Mike Freeman.
Na terça-feira os quatro polícias envolvidos na detenção de Floyd, que viria a morrer sob custódia policial, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, foram despedidos.
"Todos assistimos à horrível morte de George Floyd em vídeo, enquanto as testemunhas pediam ao agente que o levasse para dentro do carro da polícia, deixando de pressionar o seu pescoço. Esse uso abusivo, excessivo e desumano da força custou a vida a um homem detido pela polícia por questionar uma acusação não violenta", disse o advogado da vítima mortal em comunicado.
Além de se queixar que lhe doía o pescoço, ouve-se, no vídeo publicado, a vítima a implorar por água e a dizer ao agente repetidamente que não consegue respirar, enquanto a voz de uma mulher diz que a vítima está a sangrar do nariz e outro transeunte está a acusar o polícia de "estar a gostar" da situação.
Já a chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, disse que o departamento vai conduzir uma investigação interna completa.
A força de segurança alegou também que o homem correspondia à descrição de um suspeito relativo a um caso de falsificação num supermercado e que resistia à prisão.
Em Minneapolis, o regulamento do uso de força do departamento permite que um agente se ajoelhe no pescoço de um suspeito, enquanto uma "opção de força não mortal" para oficiais treinados nesse sentido.
Esse regulamento esclarece, porém, que os "oficiais devem usar apenas uma quantidade de força necessária que seja objetivamente razoável" e que o estrangulamento é "considerado uma opção de força mortal", respeitando a casos em que as vias respiratórias da vítima são obstruídas.
Os agentes envolvidos no caso estão agora com uma licença administrativa remunerada, de acordo com o protocolo do Departamento de Apreensão Criminal do Minnesota (BCA, na sigla inglesa), tendo sido esclarecido que os nomes dos polícias vão ser divulgados após entrevistas iniciais com as pessoas envolvidas e com testemunhas.
O FBI está a conduzir uma investigação federal, a pedido da polícia de Minneapolis, informou ainda o BCA.
Já o sindicato da polícia pediu ao público que espere pelo desenrolar da investigação e que não "se apresse em julgar e condenar imediatamente os polícias".
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