Segundo a mesma fonte, os ataques visaram “obter o controlo total” do município.
“Na direção de Bakhmut, o inimigo tenta obter o controlo total da cidade e continua a lançar assaltos”, lê-se numa nota emitida pelo Estado Maior.
“Durante o dia, as unidades das forças de defesa (ucranianas) repeliram 32 ataques inimigos na frente mencionada”, acrescentou a instituição, falando também em bombardeamentos russos contra várias localidades na zona.
O chefe do grupo russo de mercenários Wagner, Yevgueni Prigozhin, proclamou na segunda-feira a tomada “legal” da cidade por este exército privado que lidera a ofensiva russa na zona do município de Bakhmut.
O próprio Prigozhin reconheceu que as tropas ucranianas não saíram da cidade e que se concentram na parte oeste.
Segundo a informação de hoje do Estado Maior ucraniano, a Rússia lançou ataques também em Avdiivka e Marinka, outras duas cidades da frente oriental que as forças ocupantes tentam tomar há meses.
Durante a noite, as forças russas atacaram o território ucraniano com 17 drones kamikaze de fabrico iraniano, lançados “presumivelmente” da costa este do mar de Azov.
A defesa aérea do Comando Sul ucraniano derrubou 14 destes aparelhos, evitando que atingissem os objetivos.
De acordo com o Comando Sul, 13 drones foram intercetados sobre a província de Odessa e outro sobre a de Mykolaiv, ambas situadas no sul de Ucrânia.
Um dos drones provocou um incêndio numa infraestrutura privada de Odessa.
De momento, não se sabe se houve mortos ou feridos.
“No total, houve 17 lançamentos de veículos aéreos não tripulados, presumivelmente a partir da costa este do mar de Azov”, disse a Força Aérea ucraniana numa nota publicada no seu canal de Telegram.
Azov é um mar interior situado dentro do Mar Negro, que faz fronteira com a Ucrânia a oeste e a norte e com a Rússia a este.
A Rússia tem ocupada toda a costa ucraniana do mar de Azov, cujo principal porto é a cidade de Mariupol.
A Rússia usa drones Shahid-136, de fabrico iraniano, para atacar a Ucrânia, desde outubro.
Graças, em parte, aos sistemas antiaéreos doados pelos parceiros ocidentais, o exército ucraniano consegue derrubar a maioria destes drones e proteger a sua infraestrutura elétrica.
Milhões de ucranianos sofreram apagões durante meses, devido aos ataques com estes drones e com mísseis contra a rede elétrica do país.
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