O anúncio da “operação de retirada rápida” de cidadãos franceses e pessoal diplomático foi feito hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, acrescentando que cidadãos europeus e nacionais de “países parceiros aliados” também são apoiados.
Por seu lado, a embaixada da Turquia no Sudão disse que o processo de retirada dos seus cidadãos também arranca hoje, tendo em conta a situação caótica que se vive atualmente na capital, Cartum, e ao retomar dos confrontos.
“Na sequência das avaliações de segurança realizadas à luz dos conflitos em curso no Sudão, foi decidido retirar os nossos cidadãos, especialmente aqueles que se encontram nas zonas de conflito”, refere um comunicado da embaixada, especificando que as pessoas em causa serão levadas para um país terceiro, antes de chegarem à Turquia.
Os cidadãos terão dois pontos de encontro, num hotel e numa mesquita, a partir das 06:00 locais e têm instruções para usar calçado e roupa confortável, pois espera-os uma viagem que durará entre 22 a 24 horas, e levarem apenas o passaporte e uma bagagem de mão de no máximo oito quilos onde devem levar água e comida.
No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava concluída a retirada dos funcionários da embaixada norte-americana no Sudão.
Os funcionários foram levados de avião para um local não identificado, na Etiópia, revelaram à agência de notícias Associated Press (AP) dois responsáveis que conhecem a operação.
Sauditas e cidadãos de outros países retirados do Sudão chegaram também este sábado a Jeddah, cidade portuária da Arábia Saudita, no dia em que o chefe do exército admitiu não controlar o aeroporto internacional de Cartum, comprometendo operações de retirada.
O aeroporto de Cartum continua a não funcionar e as rotas terrestres da capital para fora do país são longas e perigosas, mesmo sem as hostilidades atuais, o que coloca dificuldades e riscos de segurança adicionais.
Segundo a mais recente contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 413 civis morreram e 3.551 ficaram feridos desde o início do conflito no Sudão.
Os confrontos começaram há uma semana entre as forças armadas, comandadas pelo líder de facto do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e os paramilitares do das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), chefiados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como “Hemedti”.
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