“Face a este bloco que representa os interesses da oligarquia, nós somos a única força de resistência à dissolução do modelo francês”, afirmou hoje à noite a responsável da Frente Nacional (FN), após comentar que os outros partidos “já mostraram a sua disposição para trabalhar” com o partido vencedor, A República em Marcha! (REM), do Presidente, Emmanuel Macron.
De acordo com as projeções, o partido de Le Pen poderá obter até nove lugares na Assembleia Nacional francesa, tornando-se a quinta força num parlamento em que o REM terá alcançado uma ampla maioria absoluta.
“Combateremos com todas as nossas forças os projetos do Governo ditados por Bruxelas”, afirmou Marine Le Pen, até agora deputada ao Parlamento Europeu, que apontou como principais cavalos de batalha a subida de impostos, a política migratória e os tratados internacionais de livre comércio.
A líder da extrema-direita advertiu Macron que, apesar da sua maioria absoluta no parlamento, as suas “ideias são minoritárias no país” e “os franceses não as apoiarão”.
“Estaremos aqui, amanhã mais fortes do que hoje, para defender a França e propor à nação um projeto de futuro”, disse.
O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.
A abstenção atinge mais de 56%, um recorde para uma segunda volta das legislativas.
O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema-direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.
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